quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 575

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 575

Dia 18/11/2021 | 33ª Semana Comum | Quinta-feira

Evangelho segundo Lucas (19,41-44)

(1)    Coloque-se em atitude de oração  

·          Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·          Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·          Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·          Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·          Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·          Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·          Prepare-se cantando o mantra: Fala, Senhor, palavra de fraternidade!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ojebAa9yR6I)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·          Leia com toda a atenção o texto de Lucas 19,41-44

·          Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·          Depois de contar aos discípulos, preocupados com o dia manifestação gloriosa do reino de Deus, a parábola dos 10 administradores, Jesus começa a descida para Jerusalém

·          Depois da acolhida calorosa dos discípulos/as no Monte das Oliveiras, Jesus contempla sua cidade, mesmo de longe

·          Jesus lamenta que as lideranças religiosas que comandam a cidade e o templo não perceberam a visita que Deus lhes fazia por ele

·          As palavras de Jesus não são uma ameaça de castigo, mas uma advertência uma lamentação em tom profético

·          O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·          Retome esta cena tentando fazer-se presente nela, com os discípulos/as e com Jesus

·          Observe as reações do seu rosto, o tom carregado de emoção do seu lamento, as palavras e expressões que usa

·          Procure o que Jesus está dizendo hoje às pessoas que dirigem as Igrejas que falam em nome dele, e os que dirigem nosso país

·          Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·          Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·          Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·          Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·          Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·          Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·          Deixe-se envolver e estimular pelas palavras de Jesus, e, como Jesus, faça sua oração “olhando” sua cidade e nosso país

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·          Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·          Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·          Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·          O que fazer para superar a ideia disseminada entre nós que “lê” as ruínas e problemas como castigos de Deus?

·          Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·          Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·          Recite ou cante a invocação: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao teu!”

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Ouça, assista, medite e reze com a canção “Não dá pra fazer de conta” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=KUk_EU7SIOk)

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Apague a vela e termine seu momento de oração

 

Pistas sobre Lucas 19,41-44

Depois de uma longa e frutuosa viagem da Galileia até Jerusalém, durante a qual manifestou a novidade libertadora do Reino de Deus e formou seus discípulos na vivência dessa novidade, Jesus chega às portas da cidade. Na entrada, no Monte das Oliveiras, é saudado e clamado pelos seus discípulos como o messias esperado, sob o olhar vigilante e semblante estupefato dos fariseus.

Enquanto as lideranças olham com suspeita para Jesus e seus discípulos, Jesus contempla, comovido, a cidade que abriga o templo para onde acorrem as “tribos de Javé”, e onde está a “sede da justiça”. Jesus percebe que, por causa da cegueira religiosa e da miopia política dos seus responsáveis, já não é mais a “via da paz” e o refúgio dos pobres. Por isso, seu olhar é turvado pelas lágrimas.

Mas o desabafo comovido de Jesus ressoa mais como lamento e advertência profética à espera de conversão que como ameaça. Em sua lucidez, Jesus é capaz de perceber a destruição que se desenha sobre a cidade e a ruína que se avizinha dos seus habitantes. Tudo provocado pela cegueira religiosa e pela miopia política, e não como resultado da ação de um Deus que se compraz em punir.

Como haviam reconhecido muitas pessoas que tiveram a dita de encontrar Jesus no seu caminho de subida a Jerusalém, nele é Deus que visita e salva seu povo. Necessário se faz levar a sério essa visita, abrir-lhe as portas da vida e da cidade, não desperdiçar a “hora” de Deus. O tempo de conversão é agora! Hoje é o dia da salvação!

Os dois últimos versículos não são uma ameaça, como podem parecer aos desavisados. Lucas escreve seu evangelho na década 80 da era cristã, depois da destruição de Jerusalém, patrocinada pelo império romano. O que Lucas faz é “colocar na boca de Jesus” uma interpretação teológica desse acontecimento: ele decorre da “cabeça dura” dos dirigentes do judaísmo, que, aferrados aos seus conceitos e preconceitos, fecharam-se à novidade de Jesus.

 (Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

“Jesus sabe que está próxima a sua morte e vê, naquele gesto (da mulher que o ungiu com óleo na casa do leproso Simão), a antecipação da unção do seu corpo sem vida antes de ser colocado no sepulcro. Esta visão ultrapassa todas as expetativas dos convivas. Jesus recorda-lhes que Ele é o primeiro pobre, o mais pobre entre os pobres, porque os representa a todos. E é também em nome dos pobres, das pessoas abandonadas, marginalizadas e discriminadas que o Filho de Deus aceita o gesto daquela mulher”. (Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, 2021)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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