sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 577

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 577

Dia 19/11/2021 | 33ª Semana Comum | Sexta-feira

Evangelho segundo Lucas (20,27-40)

(1)    Coloque-se em atitude de oração  

·          Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·          Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·          Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·          Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·          Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·          Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·          Prepare-se cantando o mantra: Fala, Senhor, palavra de fraternidade!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ojebAa9yR6I)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·          Leia com toda a atenção o texto de Lucas 20,27-40

·          Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·          Em Jerusalém, Jesus diz que não tem sentido e é inaceitável transformar um lugar de encontro em aliança em uma espelunca de rapinadores

·          Depois da expulsão dos comerciantes do templo, precedidos pelos sacerdotes e seus espiões, os saduceus contra-atacam mais uma vez

·          Partindo da citação de uma lei que visava assegurar descendentes ao homem, eles criam uma história ridícula para atacar a fé na ressurreição

·          Jesus não deixa seus adversários sem resposta, recorrendo às escrituras aceitas por eles e à própria identidade do Deus no qual eles acreditavam

·          O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·          Retome esta cena tentando fazer-se presente nela, acompanhando a artimanha dos saduceus e a resposta serena de Jesus

·          Qual é o fundamento e quais são as consequências da nossa fé na ressurreição dos mortos, que faz parte do nosso credo?

·          Será que não alimentamos uma visão da ressurreição demasiadamente fisicista (tudo igual ao presente, como se os cadáveres revivessem)?
Em que medida a nossa fé na ressurreição é uma força que nos leva a arriscar generosamente nossa vida para que todos tenham vida?

·          Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·          Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·          Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·          Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·          Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·          Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·          Contemple com imaginação o rosto e a vida das pessoas queridas que já partiram, e sinta a força da comunhão com elas

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·          Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·          Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·          Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·          Como evitar que a fé na ressurreição seja uma simples fuga, ou se confunda com a ideia de reencarnação ou de imortalidade da alma?

·          Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·          Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·          Recite ou cante a invocação: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao teu!”

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Ouça, assista, medite e reze com a canção “Não dá pra fazer de conta” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=KUk_EU7SIOk)

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Apague a vela e termine seu momento de oração

 

Pistas sobre Lucas 20,27-40

Jesus está em Jerusalém, e já foi ao templo, onde causou um rebuliço. Lá já enfrentara os chefes dos sacerdotes, acusara-os através de uma parábola e desmascarara os espiões deles. Agora são os saduceus que pretendem enredar Jesus com uma questão doutrinal, bem ao gosto deles. Em Lucas, esta é a terceira controvérsia dos saduceus com Jesus.

Os saduceus era um grupo teologicamente conservador, formado basicamente pela elite sacerdotal e pelas famílias aristocráticas. Eles só reconheciam a validade das leis e tradições escritas nos cinco primeiros livros da bíblia, e não consideravam as tradições posteriores ou orais, que são as que testemunham o desenvolvimento da fé na ressurreição.

Por isso, a questão que eles apresentam a Jesus, baseada nas leis do levirato (cf. Dt 25,5), é uma estratégia para ridicularizar a ressurreição dos mortos, apregoada pelos fariseus e afirmada por Jesus. A lei existe, e se presta a assegurar a descendência masculina, mas o caso é totalmente imaginário e inverossímil.

A resposta de Jesus ao questionamento segue dois caminhos. O primeiro, é um apelo à lógica dos tempos finais, que é diferente do tempo presente. Quando o ser humano chega à plena comunhão com Deus, não tem mais necessidade da procriação, nem morrem. É isso que significa ser igual aos anjos: estar livre da necessidade de procriar.

A segunda linha de argumento de Jesus é o recurso às próprias escrituras aceitas pelos saduceus. Citando as palavras de Moisés, que fala de deus como o Deus dos seus antepassados Abraão, Isaac e Jacó. Se eles estão mortos, Deus seria um Deus dos mortos, ou um Deus morto.

Mas as duas linhas de argumento de Jesus têm um só fundamento: a natureza ou identidade de Deus. A fé na ressurreição é uma aposta no poder de Deus, que cria e recria. A ressurreição não é uma ou possibilidade inscrita no ser humano ou uma coisa fisicista (questão antropológica) mas baseada no poder de Deus (questão teológica).

 (Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

Se não se optar por tornar-se pobre de riquezas efêmeras, poder mundano e vanglória, nunca se será capaz de dar a vida por amor; viver-se-á uma existência fragmentária, cheia de bons propósitos mas ineficaz para transformar o mundo. Trata-se de abrir-se decididamente à graça de Cristo, que pode tornar-nos testemunhas da sua caridade sem limites e restituir credibilidade à nossa presença no mundo”. (Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, 2021)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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