sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

O Evangelho na vida de cada dia (227)

227 | Ano B | Tempo Comum | 1ª Semana | Sábado | Marcos 2,13-17

13/01/2024

Na cena que meditamos ontem, estando em sua própria casa, Jesus deixa bem claro que reinsere os excluídos na sociedade e o faz em nome de Deus. Por isso, depois de declarar que os pecados do paralítico estão perdoados, ordena que ele se coloque de pé, tome sua cama e vá para casa. E assim aconteceu, diante da admiração do povo, que nunca tinha visto algo assim: alguém que enfrenta a exclusão e ensina a caminhar com autonomia.

Depois disso, Jesus sai de novo à beira do mar, acompanhado pelos seus discípulos. E prossegue seu ensinamento original sobre o Reino de Deus. Caminhando, vê um coletor de impostos e o chama para ser seus discípulos. Mais tarde, na casa de Levi – assim se chamava o coletor – senta-se à mesa na qual se misturam discípulos, coletores de impostos e o povão numa confraternização alegre e profética.

Jesus vivia cercado de gente anônima, pertencente às classes de baixo, não educada nas academias e que vivia à margem da lei judaica. Eles são identificados como pecadores e são socialmente marginalizados, como os coletores de impostos, que são judeus que colaboram com os dominadores romanos, e são evitados e penalizados pelo judaísmo.

Como fizeram os convidados anteriores, Levi atende ao chamado de Jesus e rompe com a atividade de colaborador com os invasores e explorador do seu povo. E Jesus vai à sua casa e participa de uma simbólica interação fraterna e solidária com o povão, os diversos tipos de pecadores e os discípulos, sob o olhar escandalizado dos fariseus doutores da lei.

Jesus responde ao questionamento dos fariseus aos seus discípulos com uma comparação com a qual sublinha, justifica e evidencia sua opção: como são os doentes que precisam de médico, são os pecadores que precisam de acolhida e perdão. “Eu não vim para chamar os justos”, diz Jesus provocativamente. Para Jesus, a Igreja jamais pode colocar barreiras ao povo e aos pecadores.

 

Meditação:

ü  Observe a alegria dos pecadores e do povão acolhido e valorizado por Jesus, assim como o escândalo dos fariseus

ü  Como você e sua comunidade se sentem diante da defesa dos direitos humanos das pessoas ameaçadas em sua integridade?

ü  Em que medida sua comunidade, e a Igreja como um todo, seguem essa orientação de Jesus na sua ação pastoral?

ü  Que lugar o povo mais simples e as pessoas quebradas pela vida encontram em nossas comunidades cristãs?

ü  Como tratar os grupos de cristãos, as lideranças e os padres que continuam criticando os agentes que se aproximam dos pecadores?

Nenhum comentário: