sexta-feira, 26 de outubro de 2012

80 anos da Escola Apostolica Sagrada Familia


Louvor, Memória e Inovação.

A celebração dos 80 anos de existência da Escola Apostólica da Sagrada Família é um convite ao louvor. “É belo louvar o Senhor e cantar a teu nome, ó Altíssimo, anunciar de manhã o teu amor, e a tua fidelidade durante a noite... Por que me alegras, Senhor, com as tuas maravilhas, exulto com as obras de tuas mãos!”, diz comovido o salmista (Sl 92, 2,5).

O louvor agradecido se volta antes de tudo a Deus, pois é sempre ele quem dá inspiração e generosidade aos seus filhos e filhas para realizar os projetos que ajudam a construir o Reino de Deus. Os sonhadores e destemidos missionários que vieram do exterior e as generosas famílias missioneiras, que deram o melhor de si para construir esta casa de formação missionária e cuja memória é aqui celebrada, foram mediações dóceis nas mãos de um Deus apaixonado pelas suas criaturas.

Quem poderia avaliar o bem que esta escola missionária fez aos quase 1500 adolescentes e jovens que nela viveram e estudaram? E quem pode medir o bem que se fez através deles? E quantas belas recordações e inesquecíveis lições guardam no lado esquerdo do peito os que chegaram à consagração na vida religiosa e missionária, e que aqui voltam com frequência e prazer? E o que dizer daqueles que, no decurso deste 80 anos, aqui trabalharam e deram o melhor de si mesmos?

O tempo passou e, depois do apogeu dos anos 60, as coisas foram mudando. A casa foi ficando velha e as vocações diminuíram e quase de sapareceram. Foi o momento de repensar a finalidade desta casa e, ao completar 50 anos de existência, a Escola Apostólica recebeu uma reforma estrutural e uma nova finalidade: continuaria a servir à formação de relisiosos missionários mas começaria a acolher grupos e movimentos dedicados à formação cristã e social de leigos e leigas. Podemos estimar em aproximadamente 90.000 o número de pessoas que, no decurso de 30 anos, participaram de alguma jornada de formação humana, social ou religiosa.

É ainda o salmista que proclama, com gratidão e esperança: “O justo crescerá como a palmeira, como o cedro do Líbano se elevará... Mesmo na velhice darão frutos, serão cheios de seiva e verdejantes, para anunciar quão reto é o Senhor...” (Sl 92,13-16). Isso é verdade para as pessoas em sua individualidade, mas pode ser aplicado também às instituições, como a Escola Apostólica.

Como isso pode se fazer realidade? Antes de tudo, fazendo as contas com o hoje, às luz da finalidade original. Ou seja: resgatando a missão de ser uma escola que forma apóstolos/as segundo o coração da Sagrada Família. Qual é a possibilidade que se abre e o desafio que se impõe a esta casa? O que se pode fazer, além de manter uma comunidade de religiosos e leigos prontos a acolher e hospedar os diversos grupos e movimentos que necessitam deste espaço?

O caminho que se abre e o desafio que se apresenta é criar as condições que possibilitem inovar e oferecer um vasto leque de iniciativas que contemplem os três ministérios prioritários dos Missionários da Sagrada Família:  a) trabalhar a questão das relações familiares e formar agentes para atuar junto às famílias;  acompanhar e ajudar os jovens na descoberta do sentido da vida e da própria vocação na Igreja e no mundo;  formar homens e mulheres para uma atuação responsável e transformadora na cultura, na política e na Igreja, tanto na região missioneira como noutras partes do mundo. Assim, mesmo aos 80 anos, este projeto, sonhado e amado por muitos, continuará dando frutos.
Pe. Itacir Brassiani msf

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