domingo, 14 de março de 2021

oteiro de Leitura Orante do Evangelho 327

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 327

Dia15/03/2021 | 4ª Semana da Quaresma | Segunda-feira

Evangelho segundo João (4,43-54)

                                                                       

(1)   Coloque-se em atitude de oração                                                                                

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Recorde o tema e o apelo da Campanha da Fraternidade Ecumênica

·        Prepare-se cantando o mantra “Onde reina o amor, fraterno amor; onde reina o amor, Deus aí está!” (Clique aqui: (https://www.youtube.com/watch?v=UpmnLAfCO0o)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 4,43-54

·      Leia o texto em voz alta (se possível)

·      Depois das ações provocadoras em Jerusalém, de um encontro e um diálogo improvável entre Jesus e uma mulher da Samaria, Jesus volta à sua terra, onde se sentia mais seguro

·      Em Caná é procurado por um funcionário da corte, que pede a Jesus ajuda para curar seu filho doente

·      Jesus adverte os que esperam dele gestos e ações espetaculares, e o menino recupera a saúde sem nenhuma ação direta de Jesus

·      Acolhendo o pedido de um pagão, Jesus age sem discriminar ninguém, mas se recusa a agir recorrendo à lógica do poder

·      A cena sublinha a força da Palavra e a necessidade de não se orientar pelas relações de poder, de descer ao nível humano

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Situe-se no interior da cena, observe a atitude do funcionário do rei, assim como a postura e as palavras de Jesus

·      Você percebe como o funcionário real demonstra pensar, falar e agir segundo a lógica das funções de poder?

·      Em que medida também nós esperamos de Jesus gestos e ações espetaculares, que dispensem nossa colaboração?

·      Que mudanças em nosso modo de pensar e de agir esta cena pede de nós, enquanto caminhamos para a páscoa?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Peça a Jesus a capacidade de ser irmã/o de todos/as, sem discriminar ninguém, e de se relacionar com todos sem artifícios nem privilégios

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração do dia

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com a canção “Conheço um coração tão manso, humilde e sereno” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=MclzuG-rf3Y)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

 

Algumas pistas sobre João 4,43-54

Esta cena está literariamente situada logo após a cena do encontro e diálogo de Jesus com uma mulher samaritana. E nós a contemplamos no contexto litúrgico e espiritual da adesão à Boa Notícia do Reino de Deus e da conversão a ela, como sublinha o tempo quaresmal.

Jesus está voltando de Jerusalém à região onde se criara, passando pela complicada região da Samaria. Mesmo tendo dito que os profetas não são bem vistos em sua própria terra, a Galileia o recebe com boa disposição, pois haviam sido informados daquilo que Jesus fizera em Jerusalém.

Também informado sobre os sinais provocadores que Jesus realizara no templo, um funcionário do rei busca em Jesus uma ajuda para seu filho, que está gravemente enfermo. Queria que Jesus o curasse, ao que parece, preferencialmente com um milagre grandioso e espetacular.

Ao menos, é isso que que Jesus denota na sua resposta ou advertência ao funcionário da corte. Quem é habituado aos corredores do poder, age como tal e espera que Deus também intervenha no mundo com gestos de poder. Ele mesmo trata o filho como dependente de um chefe, pois o chama de “menino”.

O funcionário se dá conta que imagina Jesus em termos de autoridade corajosa, mas apenas poderosa e reformista, e pede a Jesus para “descer” ao nível humano. E Jesus declara que o filho vive, sem dizer que ele foi curado. Jesus não vai a Cafarnaum, mas “desce”: não realiza um gesto de poder.

O funcionário do rei é intimado a reconhecer a força da Palavra de Jesus e obedecer a ela. É a Palavra de Jesus que suscita e plenifica a vida. O funcionário real precisa ir e ver, mas não há nenhum gesto grandioso. Ele não deve tratar o filho como dependente (“menino”) mas como filho.

Jesus atende o pedido desse homem pagão e próximo ao poder sem pedir nada em troca. Ele está disposto a ajudar a todos. Mas tudo acontece quando Jesus e o funcionário “descem” da esfera das relações de poder à esfera das relações humanas.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Pensamento da Fraternidade 2021

“A afirmação “Cristo é a nossa paz” confessa que em Cristo não há lugar para a violência e o racismo, para o ódio e a discriminação. Paz significa tanto superação das violências e das discriminações, quanto a plenitude de vida, consequência de relações equânimes entre o ser humano e a natureza, o ser humano e seus semelhantes e o ser humano e Deus. Isso significa que Cristo é aquele que garante as relações de equidade e acolhida entre todos os povos”. (Texto-Base, § 117)

 

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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