terça-feira, 16 de março de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 329

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 329

Dia 17/03/2021 | 4ª Semana da Quaresma | Quarta-feira

Evangelho segundo João (5,17-30)

 

(1)   Coloque-se em atitude de oração                                                                                

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Recorde o tema e o apelo da Campanha da Fraternidade Ecumênica

·        Prepare-se cantando o mantra “Onde reina o amor, fraterno amor; onde reina o amor, Deus aí está!” (Clique aqui: (https://www.youtube.com/watch?v=UpmnLAfCO0o)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 5,17-30

·      Leia o texto em voz alta (se possível)

·      Ontem, à revelia da Lei e do Templo, Jesus devolveu a um paralítico a autonomia e a dignidade

·      Mais interessados na lei que na vida e saúde das pessoas, as autoridades do templo aumentam a perseguição a Jesus

·      Jesus se defende, argumentando que é ele, e mais ninguém, que sabe e faz aquilo que Deus quer e faz: ele é o filho que conhece o pai, vê o que ele faz, aprende dele, e continua soa obra

·      As autoridades entendem isso como a gota que faz o copo derramar, e decidem assassinar Jesus

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Situe-se no interior da cena, observe a atitude de Jesus e a raiva que ele suscita nas autoridades religiosas

·      Deixe-se levar, envolver e iluminar pela metáfora da relação entre pai/mãe e filho/filha, que Jesus usa para justificar suas ações

·      Você percebe na Igreja e na sociedade de hoje pessoas que estão mais interessadas na defesa das leis que na defesa das pessoas?

·      Como podemos pôr hoje em prática a empatia, a compaixão e o compromisso de Jesus com a defesa das pessoas vulneráveis?

·      Porque muitos de nós ainda acham que agrada mais a Deus a defesa das leis e dos costumes que a defesa dos direitos humanos?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Peça a Deus a graça de fazer a experiência de filho/a, de conhecer sua vontade, de fazer o que ele faz, de continuar sua obra criadora

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que fazer para levar a sério a conversão ao Evangelho?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração do dia

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com a canção “Conheço um coração tão manso, humilde e sereno” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=MclzuG-rf3Y)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

 

Algumas pistas sobre João 5,17-30

A cena do evangelho de ontem terminava com o paralítico curado e caminhando livre, carregando sua cama, inclusive em dia de sábado, e as autoridades decidindo prender e condenar Jesus à morte. Eles estavam interessados apenas em defender o aparato legal, sem a mínima empatia com o povo.

Jesus enfrenta as acusações levantadas pelas autoridades religiosas do templo. Para Jesus, o sexto dia da criação ainda não terminou, e Deus não descansa enquanto as criaturas não cheguem à vida plena. E ousa chamar Deus de pai, sublinhando que ele é sua origem e seu fundamento, e tem com ele uma relação que os escribas nem imaginam. O que ele faz, aprende do Pai, e a ação do pai continua no filho.

A reação do templo se torna cada vez mais violenta. Jesus não deixa por menos, e repete, de diversas formas, que o Pai é a base, o fundamento e a origem do seu ser e das suas ações. Apelando à experiência comum, ele diz que o filho só faz o que aprende do pai; quem honra o filho honra, na verdade, seu pai; que ele dá realismo à profecia de Ezequiel, que vê os ossos secos recobrando a vida.

De diversos modos, Jesus se apresenta como o único conhecedor e mediador da vontade e da ação de Deus, desmascarando a pretensão dos doutores da lei e dos sacerdotes e solapando a autoridade deles junto ao povo. O que eles fazem e impõem ao povo não tem nada a ver com a vontade de Deus. O que Jesus faz, na emancipação do mendigo à beira da piscina e em diversas outras ações libertadoras, pode ser comparada à ressurreição dos mortos.

Por fim, acusa as autoridades do templo de julgar os outros a partir dos interesses deles mesmos e do templo. Enquanto isso, o julgamento de Jesus (intervenção libertadora em favor das pessoas vulneráveis) não é expressão da sua vontade e dos seus interesses, mas da vontade de Deus. Amanhã, voltaremos à lição que Jesus passa às autoridades do templo. Por hoje, fique o alerta que a conversão ao Evangelho é mais difícil que a mudança dos costumes.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Pensamento da Fraternidade 2021

A conversão nos provoca a pensarmos e repensarmos cotidianamente nossa forma de estar no mundo. Ela nos pergunta sobre como nos envolvemos com as transformações sociais, econômicas, espirituais, ecológicas, individuais e coletivas, a fim de que sejamos, cada vez mais coerentes com os ensinamentos de Jesus nos Evangelhos”. (Texto-Base, § 8)

 

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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