segunda-feira, 14 de junho de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 419

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 419

Dia 15/06/2021 | 11ª Semana Comum | terça-feira

Evangelho segundo Mateus (5,43-48)

(1)    Coloque-se em atitude de oração  

·          Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·          Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·          Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·          Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·          Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·          Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·          Prepare-se cantando o mantra: Aleluia, Cristo nos liberta...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=szPkZyR1ybw)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de Marcos 5,43-48

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Este texto está situado no conjunto de exemplos de releitura e consumação da Lei e dos costumes que Jesus dá aos discípulos/as

·        Do/a discípulo/a se espera que seja capaz de estender seu apreço e seu amor para além dos estreitos círculos de sangue ou de nação

·        O parâmetro do amor é o próprio Deus, que age em favor dos seus filhos e filhas não porque eles sejam bons, mas porque Ele é bom

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·        Deixe ressoar em você este ensino inovador de Jesus, que ele viveu em primeira pessoa: amar até os opositores, rezar por aqueles que o perseguem e maltratam

·        Como poderíamos praticar este ensinamento de Jesus num ambiente marcado pela intolerância, inclusive na Igreja?

·        De que modo podemos expressar um amor cristão – que não é uma ingênua gentileza! – pelos inimigos, por aqueles/as que ameaçam a democracia ou impõe fardos ao povo?

·        Se puder, e achar conveniente, leia as “pistas” sobre o texto, a seguir

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·     Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·     Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·     Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·     Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·     Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·     Visualize as pessoas que agem como opositoras, ou que você considera inimigas, ou com as quais você não quer estabelecer nenhuma relação

·     Procure imaginar como Deus quer que elas sejam, como ele quer que você se relacione com elas, e peça ao Pai que essa mudança aconteça

·     Peça a Deus um coração generoso e universal, como o dele

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·     Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·     Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·     Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·     Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·     Quem você considera hoje seu inimigo e inimigo do seu povo?

·     Como tratar essas pessoas evangelicamente, como Jesus Cristo nos pede?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·     Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·     Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Medite e reze com a canção “Eu creio na semente” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ZPG8EX4lt50)

·     Apague a vela e termina seu momento de oração

Pistas sobre Mateus 5,43-48

A parte do evangelho de Mateus que conhecemos como “sermão da montanha” é uma espécie de iniciação dos/as discípulos/as à novidade do Reino de Deus inaugurada, vivida e proposta por Jesus. Se é verdade que Jesus não quer simplesmente descartar a Lei e os costumes do judaísmo, também não há dúvidas de que ele opera uma mudança substancial, e se apresenta como seu intérprete e consumador.

Hoje temos o sexto exemplo de releitura da Lei exercitada por Jesus: o mandamento do amor ao próximo. Para a tradição judaica, originalmente faziam parte do conceito de “próximo” os familiares de sangue e de casa, os membros do judaísmo, mas se estendia também, ao menos em parte, aos doentes, aos pobres e aos estrangeiros. No tempo de Jesus, na prática este círculo era bem mais estreito. Por outro lado, do grupo dos “inimigos” faziam parte os oponentes pessoais, os adversários nacionais, os estrangeiros e infiéis, mas também gente da própria casa, quando se comportava de modo considerado imoral ou inaceitável.

Para Jesus está muito claro que Deus não orienta sua relação conosco pelos parâmetros do gênero, da aparência, da riqueza, da condição social ou religiosa, do sangue ou da nação. O Reino, porque é de Deus e porque Deus é bom, não separa nem opõe bons e maus. Todos/as somos pecadores/as necessitados/as da misericórdia do Pai. Por isso, Jesus pede e espera de seus discípulos/as a disposição de amar até os inimigos e de rezar pelos que os/as perseguem. É assim que manifestaremos que somos filhos/as de Deus.

Mas é também claro que amar não é a mesma coisa que ser gentil ou ter bons sentimentos. Amar é reconhecer e afirmar, por decisão e por ação, a dignidade de cada pessoa, para além da sua condição humana, social ou moral. E o amor, por sua própria natureza, não é da parte dos sentimentos, mas da ordem da vontade, das decisões. Ninguém ama por instinto ou por natureza, mas por decisão e compromisso. A medida do amor é amar sem medida, pois o amor calculado e mensurável não passa de egoísmo e de acordo de cavalheiros.

  (Itacir Brassiani)

Ensinamento do Papa Francisco

O antigo preceito de amar o próximo como a si mesmo/a, geralmente entendia-se como referido aos compatriotas. Mas as fronteiras foram-se ampliando, e aparece o convite a não fazer aos outros o que não queremos que te façam a nós. Dizia o sábio Hillel: “Isto é a Lei e os Profetas. Todo o resto é comentário”. O desejo de imitar o comportamento divino levou a superar a tendência de limitar o amor aos mais próximos. A compaixão do homem tem por objeto o próximo, mas a misericórdia divina estende-se a todo o ser vivo". (Fratelli Tutti, § 59)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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