segunda-feira, 9 de maio de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 749

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 749

Dia 10/05/2022 | Quarta Semana da Páscoa | Terça-feira

Evangelho segundo João (10,22-30)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: Sou bom pastor(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=zRUw7qwRIE0)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de João 10,22-30

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Durante a festa da dedicação do Templo, Jesus acusara as lideranças de cegueira, e estas o acusaram de estar louco

·    O episódio de hoje está neste contexto, e dá seguimento à polêmica, que Jesus ilustra com as parábolas da porta e do pastor

·    Jesus foge de uma discussão abstrata sobre sua identidade, e, de novo, chama suas ações em testemunho de sua origem divina

·    As lideranças do judaísmo não fazem parte do seu rebanho e, por isso, não reconhecem sua voz, e se veem cada vez mais ameaçadas

·    Por outro lado, aqueles/as que o seguem, conhecem sua voz, reconhecem suas ações e, assim, acessam o caminho da vida plena

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Recomponha na memória os gestos, sinais e palavras de mais esta polêmica que Jesus trava com as lideranças do judaísmo

·    Fazemos parte do rebanho de Jesus Cristo, daqueles/as que ouvem e seguem a sua voz e continuam seu estilo de vida?

·    Reconhecemos a mão de Deus nas ações humanizadora e libertadoras de Jesus e de todos/as os/as que fazem o bem?

·    Como demonstramos isso? Nosso modo de ser testemunha claramente nossa pertença ao caminho ou “movimento” de Jesus?

·    Somos capazes de demonstrar nossa pertença a Jesus colocando-nos ao lado do ser humano ameaçado?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como você, sua família ou sua comunidade podem demonstrar que conhecem e seguem a voz de Jesus e seu Evangelho?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa esperança a cada dia mais forte!”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção “O Senhor é meu pastor” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7yhNw_Izyp4)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre João 10,22-30

Este episódio do evangelho nos mantém no contexto da festa da dedicação do templo de Jerusalém, quando Jesus se apresenta como porta que conduz à vida e pastor que conhece seu rebanho e cujas ovelhas reconhecem e seguem sua voz. Mesmo que o templo abrigue seus mais ferrenhos opositores, que já o ameaçaram com apedrejamento, Jesus passeia por ele como quem se sente em casa.

As lideranças que controlam o templo e o judaísmo veem Jesus como uma ameaça, têm a impressão que ele lhes tira o fôlego. Há pouco haviam dito claramente que ele estava louco ou possuído pelo diabo. Angustiados e irritados, elas cercam Jesus no templo, numa clara demonstração de ameaça. E o desafiam a apresentar-se claramente como Messias, para terem motivo para condená-lo.

O vazio de poder aberto pela espera indefinida de um messias havia sido ocupado por estas lideranças, membros das famílias nobres e empoderadas, e elas temem perder o poder. Jesus havia dito que tais pessoas eram cegas por opção, não fazem parte do seu rebanho, não reconhecem nele a voz e a mão de Deus, servem e seguem a mercenários. Orgulham-se de ser descendentes de Abraão e defensores da Lei de Moisés, mas o são apenas da boca para fora.

Jesus percebe a artimanha deles e, como já fizera em várias oportunidades, foge de uma discussão teórica e estéril sobre o Messias. Jesus prefere invocar o testemunho das suas ações de afirmação da dignidade e restauração da liberdade das pessoas, e os chama a tomar posição. São suas obras que testemunham se ele está com Deus ou não, se Deus está com ele ou não. Assumir a defesa do ser humano humilhado significa estar com Deus. Mas as lideranças do templo são cegas, não querem ver.

A conclusão da cena é dramática. Jesus adverte as lideranças a não tentarem recuperar o controle que perderam sobre parte do povo. Aqueles/as que o reconhecem e seguem como Pastor Bom acessaram a vida plena, e ninguém vai arrancá-los das suas mãos, pois o Pai não o permitirá. Jesus diz que ele e o Pai são um, e, diante disso, as lideranças reagem ameaçando apedrejá-lo.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Alegria e esperança

Todos os cristãos são chamados a praticar a verdade no amor, a se unir aos homens verdadeiramente pacíficos, a orar pela paz e a procurar implantá-la. Não podemos deixar de louvar aqueles que renunciam à ação violenta na defesa dos direitos humanos, e recorrem a meios que estão ao alcance, inclusive dos mais fracos, sem prejuízo dos direitos dos outros e das obrigações para com a comunidade. Até o advento de Cristo, os seres humanos correm o risco da guerra. Na medida, porém, em que superarem o pecado, superarão também a violência (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 78).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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