quarta-feira, 11 de maio de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 751

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 751

Dia 12/05/2022 | Quarta Semana da Páscoa | Quinta-feira

Evangelho segundo João (13,16-20)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: Sou bom pastor(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=zRUw7qwRIE0)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de João 13,16-20

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Depois de partilhar pão e vinho como sacramento do dom da sua vida, e de lavar os pés dos discípulos, Jesus os chama à reflexão

·    Depois se perguntar se os discípulos haviam entendido os gestos da mesa e do lava-pés, Jesus sublinha alguns aspectos

·    Antes de tudo, insiste que a felicidade plena do/a discípulo/a está em ser como o mestre: amigo solidário e servidor do próximo

·    Uma simples adesão formal e ritual ao seu pedido equivaleria a traí-lo, a “comer o pão com ele”, e não “se alimentar dele”

·    Se o Mestre e Senhor se faz servo, a reivindicação de superioridade seria uma arrogância e uma irresponsabilidade

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Recomponha na memória os gestos as palavras no ambiente da última ceia de Jesus com os seus discípulos

·    Em que nós e nossos contemporâneos depositamos a esperança da felicidade: na atitude de amigo e irmão, ou de superior e chefe?

·    Por que a maioria dos cristãos prefere repetir o rito da eucaristia e do lava-pés, mas resiste em assumir a atitude que ele propõe?

·    Como testemunhamos aos homens e mulheres de hoje nossa identificação com Jesus e sua missão?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Peça a Jesus a perseverança no seu caminho de amor e serviço solidário, superando a tentação da indiferença e da superioridade

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como recebemos em nossas casas e Igrejas as pessoas que chegam em nome de Jesus (começando pelos pobres e doentes)?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa esperança a cada dia mais forte!”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção “O Senhor é meu pastor” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7yhNw_Izyp4)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre João 13,16-20

O texto que meditamos ontem está situado imediatamente antes da ceia e do lava-pés. E o texto que nos ocupa hoje está na sua sequência. É uma espécie de catequese que retoma os gestos da ceia e do lava-pés e extrai seu sentido mais profundo, chamando a atenção para a necessidade de leva-los a sério, de não ficar na exterioridade, como se não passassem de simples ritos.

Jesus havia perguntado aos seus discípulos se eles haviam entendido bem seus gestos, e sua pergunta se fazia necessária, uma vez que tanto Pedro como Judas Iscariotes não concordavam com aquilo que Jesus fizera e ensinara. Recorrendo a um provérbio popular (“não queira ensinar a missa ao padre”), Jesus sublinha que o/a discípulo/a não pode fazer diferente do mestre, dominar em vez de servir, ser indiferente em vez de compassivo.

Para Jesus, é uma arrogância, uma irresponsabilidade e uma traição um/a discípulo/a comportar-se como senhor, como superior em vez de igual. E, para não deixar dúvidas sobre esta lição, afirma solenemente: “Se sabeis isto, e o puserdes em prática, sereis felizes”. Não se trata de repetir o rito da ceia e do lava-pés, mas de praticar o amor que serve, a compaixão que aproxima e faz irmãos.

Comporta-se como Judas o cristão que ainda hoje pensa que crer em Jesus é apenas algo formal e nominal; é como se comesse o pão com Jesus, mas não se alimentasse do corpo (vida) de Jesus. Mas quem coloca em prática a atitude global de Jesus, expressa de modo simbólico e ritual na ceia e no lava-pés, quem vive o amor que serve, gera uma nova comunidade humana, realiza-se como pessoa, vive a felicidade sem limites, alcança a vida eterna.

Discípulo/a de Jesus é quem assume sua prática, quem se faz semelhante a ele. Por isso, quem recebe um/a discípulo/a, recebe Jesus. Jesus é o enviado do Pai, e os/as discípulos são os/as enviados/as de Jesus para viver como ele e ensinar o que ele ensinou. É assim, vivendo relações que tecem a igualdade, que nos fazem filhos/as de Deus. Como fruto disso, quem acolhe um/a discípulo/a missionário/a também se descobre filho/a de Deus.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Alegria e esperança

O mundo moderno é, ao mesmo tempo, poderoso e fraco, capaz do melhor e do pior, colocado em face da liberdade e da escravidão, do progresso e da involução, da fraternidade e do ódio. O ser humano tem consciência de que lhe compete orientar as forças que ele mesmo suscitou, mas que o podem oprimir da mesma forma que servir. Por isso, questiona-se” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 9).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

Nenhum comentário: