sábado, 14 de maio de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 754

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 754

Dia 15/05/2022 | Quinta Semana da Páscoa | Domingo

Evangelho segundo João (13,31-35)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: Onde o amor e a caridade...(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0mrYfpaheBA)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de João 13,31-35

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Depois da última ceia e do lava-pés, Jesus se detém num longo e terno diálogo com seus discípulos, do qual o texto de hoje é o início

·    Enquanto os discípulos resistem ao gesto sacramental da partilha do pão e do lava-pés, Jesus diz que nisso brilha a glória de Deus

·    E, prevendo sua prisão e morte que em breve se consolidaria, expressa seu desejo: que seus discípulos amem-se mutuamente

·    Jesus não exibe falsa modéstia, e não se constrange em oferecer-se como exemplo e como medida para esse amor fraterno

·    E termina afirmando que o amor que serve, sendo a glória do Pai e do Filho, deverá ser também o distintivo de quem o segue

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Recomponha na memória os gestos as palavras de Jesus por ocasião do lava-pés e da ceia de despedida

·    Como entender corretamente hoje a ousada afirmação de que a glória de Deus se manifesta na humildade e no serviço aos outros?

·    O mandamento de Jesus, assim como a medida que ele estabelece para o amor fraterno, continuam sendo um mandamento novo?

·    Nossas famílias e nossas comunidades são reconhecidas como cristãs pela prática do amor fraterno, aberto e solidário?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Busque na sua memória as experiências de ser amado/a e acolhido/a de modo incondicional, e agradeça a Deus

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que precisamos mudar e melhorar para que as pessoas reconheçam em nossas ações que pertencemos a Jesus Cristo?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa esperança a cada dia mais forte!”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção “Monte Castelo” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ctAWPmcHoF84)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre João 13,31-35

Demonstrando plena consciência do desfecho da própria vida, e pensando no martírio que coroaria o amor que marcou toda sua vida, Jesus declara que Deus o glorificará sem demora. Para ele, a cruz não é um absurdo ou uma ignomínia, mas a radicalização da solidariedade de Deus com a humanidade e a suprema doação da humanidade a Deus. Por isso, é glorificação de Deus e revelação do ser humano.

Para os cristãos, amar não é uma opção condicionada, mas um imperativo absoluto. E, a partir da morte e ressurreição de Jesus, a medida do amor é Jesus. “Eu vos dou um novo mandamento. Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros”. Jesus faz questão de sublinhar que a medida que verifica o amor é nova. A medida do amor é amar sem medidas, dirão os místicos. A partir de Jesus de Nazaré, amar significa lutar para que todos tenham vida, dando da própria vida e arriscando a própria vida.

Prosseguindo o diálogo testamentário com seus discípulos, Jesus diz: “Quem crê em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada” (Jo 14,12-23). Isso quer dizer que a comunidade dos que amam verdadeiramente se torna a morada de Deus no mundo. E então o amor ao próximo e ao distante se torna o estatuto e a identidade da comunidade cristã.

Mas precisamos dar a esta imagem poética traços históricos e atuais: um mundo sem barreiras para os migrantes, e no qual haja lugar para todos os seres humanos; um sistema econômico que respeite e preserve a criação; uma política que não se limite a assegurar os privilégios de uma pequena elite, cortar os investimentos em políticas sociais, armar os violentos e atentar contra a democracia; uma cultura amante da humanidade, da criatividade, da liberdade e da beleza.

No entardecer da vida seremos julgados pelo amor. Mas no alvorecer e no meio-dia da nossa existência, o verbo amar há de ser conjugado em todos os tempos e modos, inclusive no imperativo. O testamento de Jesus nos e o testemunho corajoso das primeiras comunidades cristãs, nascidas do amor espiritual, humano e político dos apóstolos, estão aí, vivos e eloquentes, para que não esqueçamos disso.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Alegria e esperança

O desejo de dialogar, conduzidos pelo amor à verdade, não exclui ninguém. Refere-se a todos os que cultivam os bens do espírito, mesmo que ainda não reconheçam o seu autor, os que se opõem à Igreja de diversos modos e até a perseguem. Deus, princípio e fim de tudo e de todos, quer que nos tratemos e sejamos realmente irmãos. Em virtude pois desta vocação humana e divina, devemos e podemos construir o mundo sem violência, cooperando pacificamente uns com os outros” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 92).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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