quinta-feira, 12 de maio de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 752

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 752

Dia 13/05/2022 | Quarta Semana da Páscoa | Sexta-feira

Evangelho segundo João (14,1-6)

(1)Coloque-se em atitude de oração  

·     Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·     Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·     Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·     Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·     Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·     Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·     Prepare-se cantando: Sou bom pastor(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=zRUw7qwRIE0)

 

(2)Leia o texto da Palavra de Deus

·     Leia com toda a atenção o texto de João 14,1-6

·     Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·     Depois da última ceia e do lava-pés, Jesus se detém num longo e terno diálogo com seus discípulos, do qual o texto de hoje faz parte

·     Percebendo o desconcerto e a confusão existencial dos discípulos, como Mestre e Amigo Jesus faz o possível para confortá-los

·     Jesus não abre mão do caminho que o Pai traça para ele, caminho que nos leva à verdade e à vida: e amor e o serviço aos irmãos

·     A confusão de Tomé vem da sua compreensão fechada de que o termo da caminhada de Jesus será a morte pura e simples

·     O “lar” do Pai é a intimidade e a comunhão com ele no dinamismo do amor, assim como se mostra nas ações concretas de Jesus

·     O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)Medite a Palavra de Deus

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·     Recomponha na memória os gestos as palavras desse diálogo de Jesus com os seus discípulos no ambiente da última ceia

·     Será que também nós perdemos a noção da meta da vida cristã (a vida plena no amor sem medidas) e, por isso, estamos confusos?

·     O que mais nos deixa perplexos e confusos, no atual momento da Igreja, do Brasil e do mundo? Ou somos indiferentes a tudo?

·     O que seria concretamente a “verdade” e a “vida” para as quais Jesus afirma ser o caminho?

·     Cremos em Deus acreditando verdadeiramente em Jesus, ou projetamos em Jesus nossas surradas ideias sobre Deus?

·     Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)Reze com o texto lido e meditado

·     Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·     Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·     Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·     Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·     Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·     Reze ou cante: Senhor, o que queres que eu faça? Senhor, o que queres de mim? Mostra-me os teus caminhos!

 

(5)Contemple a vida à luz da Palavra

·     Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·     Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·     Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·     Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)Retorne à vida cotidiana

·     Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·     Recite a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa esperança a cada dia mais forte!”

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Medite e reze com canção “O Senhor é meu pastor” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7yhNw_Izyp4)

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre João 14,1-6

A passagem de hoje está no contexto da ceia e do lava-pés, e é parte de uma catequese que desenvolve o significado desses gestos de Jesus e procura confortar os discípulos. Na verdade, eles ficam desconcertados e confusos com o ensino e a prática de Jesus, como também pela percepção de que traições se desenhavam entre eles.

Estava clara uma espécie de divórcio entre as expectativas de sucesso, segurança e libertação política que os discípulos alimentavam, por um lado, e a proposta de Jesus centrada na reconciliação e na fraternidade, no serviço gratuito aos mais vulneráveis, por outro. O gesto do pão e do vinho, antecipando a sua paixão e morte, e o sinal do lava-pés, afirmando a igualdade fundamental de todos diante de Deus, chega a escandalizá-los.

Neste diálogo, Jesus procura consolar e confortar aqueles/as que ele ama e que o seguem. E começa afirmando que no “lar” do Pai, de onde ele vem e para onde ele volta, existe lugar para todos/as, lugar que o próprio Jesus prepara. Mas para chegar lá, os discípulos devem leva-lo mais a sério. “Acreditem no Pai acreditando em mim”, diz Jesus, de modo imperativo. É assim que poderão ser acolhidos por Jesus na plenitude e gratuidade do amor que ele vive.

Mas, para chegar e habitar na intimidade familiar com o Pai e experimentar a vida em sua plenitude só há um caminho: o estilo de vida de Jesus, o caminho do amor sem medida, que relativiza a própria vida. Vida é a meta, o termo da caminhada. Neste caminho que é Jesus, o/a discípulo descobre a verdade sobre si mesmo/a e sobre Deus: nascemos do amor, vivemos por amor e morremos por amor. O amor está no caminho, no dinamismo de crescimento e amadurecimento, e a vida é a meta ou o resultado esperado.

O caminho, a verdade e a vida é a pessoa e o Evangelho Jesus, e não esta ou aquela religião, esta ou aquela doutrina, uma ou outra denominação cristã. Como discípulos/as, jamais poderemos relativizar a pessoa e a proposta de Jesus. Se o fizermos, estaremos caindo na mentira, perdendo-nos nas encruzilhadas, caindo prisioneiros/as da morte, fora do nosso “lar”.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Alegria e esperança

O Verbo de Deus fez-se homem e veio habitar a terra. Entra assim, na história do mundo, um homem perfeito, que a assume e a recapitula. Revela que Deus é amor e ensina que a lei fundamental da perfeição humana e da transformação do mundo é o amor. Não é inútil mostrar a todos o caminho do amor e se esforçar para estabelecer uma fraternidade universal. O amor não se limita às grandes coisas, mas deve se manifestar principalmente na vida e nas circunstâncias de todo dia” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 38).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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