sexta-feira, 27 de maio de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 767

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 767

Dia 28/05/2022 | Sexta Semana da Páscoa | Sábado

Evangelho segundo João (16,23-28)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: A nós descei divina luz...(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=LOjQHOxmC4o)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de João 16,23-28

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Este diálogo catequético de Jesus com seus discípulos está literariamente situado no contexto da ceia e do lava-pés

·    O diálogo é precedido pelo anúncio da paixão e morte de Jesus e do envio do Espírito como Guia, Defensor, Pedagogo e Consolador

·    Jesus afirma que os/as discípulos que permanecem no seu amor e rezam no Espírito dispensam toda espécie de intermediação

·    Hoje, Jesus aborda a questão da sua relação com o Pai, e, dentro dela, retoma o tema da oração dos discípulos

·    A adesão a Jesus abre o caminho para a participação da vida plena que ele propõe, e essa condição deve mudar também nossa oração

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Coloque-se em meio aos discípulos, perturbados com o anúncio da oposição que sofreriam para continuar a missão de Jesus

·    Repita cada frase desta fala de Jesus: Se vocês pedirem alguma coisa em meu nome, o Pai concederá; Peçam e receberão; Naquele dia, vocês pedirão em meu nome; O próprio Pai ama vocês...

·    O que você costuma pedir ao Pai em suas orações? Sua oração está focada no reino de Deus, ou em você mesmo/a?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Procure apresentar-se ao Pai, e pedir com insistência e confiança aquilo que é necessário para se manter fiel no amor e no serviço

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como e onde podemos encontrar um apoio para manter-nos fiéis ao caminho de Jesus, mesmo quando ele parece ausente?

·    De que modo podemos consolar e apoiar outros cristãos que sofrem incompreensões e perseguições por causa da fidelidade a Jesus?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa esperança a cada dia mais forte!”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção “Antes da morte e ressurreição” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=NaF4d5_W39)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

 

Pistas sobre João 16,23-28

Estamos nos aproximando do final do período pascal e, também, do capítulo 16 do evangelho segundo João. No texto de hoje, Jesus não fala mais propriamente da sua paixão e morte, nem das dificuldades que seus discípulos enfrentariam na missão. O tema do diálogo é a relação entre o Pai e os discípulos. Jesus afirma que a oração feita pelos discípulos e discípulas ao Pai, em seu nome, não cairá no vazio e, no seu devido tempo, será atendida.

Jesus começa falando num tom solene (“em verdade, em verdade, eu vos digo”), e afirma que seus discípulos/as têm pleno acesso ao Pai, sem necessidade de nenhum intermediário (templo, sacerdotes, levitas). O que ele quer é que seus amados/as vivam uma felicidade completa e profunda. Quando um/a discípulo/a de Jesus faz ao Pai um pedido no espírito/nome de Jesus, a resposta será seguramente boa. O Pai concede tudo o que eles/as necessitam para viver.

Jesus vive com o pai uma profunda “comunhão de interesses”, uma “comunhão de vontades”, de modo que não existe um Deus severo, que amedronta os/as filhos/as, que precisam de um mediador para levar suas necessidades a ele. Há um Deus que ama profundamente seus filhos e filhas, e demonstra esse amor em seu Filho. O Pai quer bem aos discípulos/as de Jesus, e os/as trata como amigos/as. Sua onipotência e sua imutabilidade é onipotência e permanência no amor. Essa é a base da nossa confiança e da nossa alegria.

A expressão “naquele dia” se refere à experiência do Espírito, que faz com que os/as discípulos/as peçam ao Pai apenas aquilo que é indispensável para que vivam plenamente. É isso que significa pedir em nome dele. Quando pedimos ao Pai no espírito de Jesus, pedimos a vinda do Reino de Deus, e não precisamos de intermediários.

Finalmente, Jesus resume seu itinerário: “Eu saí do Pai e vim ao mundo; e novamente parto do mundo e vou para o Pai”. Sair do Pai é ser enviado para realizar o seu projeto de vida. Ir ao pai significa deixar-se conduzir pelo seu Espírito, força vital de Deus que leva à origem. E o itinerário de Jesus passa pela morte em meio a outros crucificados, que é saída e, ao mesmo tempo, volta.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Alegria e esperança

Jesus levou uma vida de trabalhador, de acordo com a época e os costumes da região em que nasceu. Na sua pregação, exigia que os filhos de Deus se tratassem como irmãos. Na sua oração, pediu que todos os seus discípulos fossem um. “Não existe amor maior do que dar a vida pelos amigos” (Jo 15, 13). Mandou os apóstolos pregar a todos a mensagem evangélica, para que a humanidade se tornasse como uma só família, em Deus, tendo por lei o amor” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 32).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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