Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 758
Dia 19/05/2022 | Quinta
Semana da Páscoa | Quinta-feira
Evangelho segundo
João (15,9-11)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Onde o amor e a caridade...” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0mrYfpaheBA)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 15,9-11
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Também estes
versículos fazem parte da “catequese mistagógica” de Jesus para iniciar seus
discípulos no significado da ceia e da cruz
· A comunhão de vontade
e de ação de Jesus com o Pai se expressa no verbo amar, que ele conjuga e vive
em todos os tempos e modos
· O enraizamento e a
permanência de Jesus no amor do Pai se concretiza na vivência do mandamento de amar
como ele nos ama
· O enraizamento e a
permanência dos/as discípulos/as no amor de Jesus se expressa nas múltiplas
ações de afirmação das pessoas
· Essa dupla permanência
– o/a discípulo/a em Jesus e Jesus nele/a – é a alegria verdadeira e a
felicidade duradoura
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Recorde no coração e
deixe ressoar cada expressão ou palavra deste breve discurso de Jesus
· Medite as diversas
passagens da vida de Jesus e procure identificar quando e como Deus manifesta
seu amor por Jesus
· O que fazemos para permanecer
no amor de Jesus, e para que ele permaneça em nós?
· Quando e como
experimentamos aquela alegria que não se opõe ao cansaço e à dor, mas realiza
aquilo que somos chamados/as a ser?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Reze pede pedindo a
graça de permanecer profundamente unido a Jesus e ao seu mandamento, amando
como ele ama você
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que precisamos mudar
na nossa ideia de Deus, para purifica-la de tudo o que não se liga à ação de
amar e libertar?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Monte Castelo” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ctAWPmcHoF84)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 15,9-11
Depois da
alegoria da videira e dos ramos, Jesus continua sua catequese, extraindo as
consequências da imagem que usou: como o Pai me amou, eu também amei vocês; eu
permaneci no amor do Pai levando a sério seus mandamentos; vocês permanecerão
no meu amor se guardarem meu mandamento; assim, minha alegria estará em vocês,
e a alegria de vocês será completa.
Eis como Jesus
concretizou o amor: acolheu pecadores e resgatou a dignidade deles;
compadeceu-se dos famintos e multiplicou pães e peixes para eles; comoveu-se
com o sofrimento dos doentes e deu-lhes condições de plena cidadania;
aproximou-se das pessoas excluídas e sentou-se com elas à mesa; tomou a defesa
de mulheres condenadas excluídas pelos próprios homens que as usavam; perdoou e
acolheu os/as pecadores/as e estrangeiros/as...
Jesus diz que nos
ama na mesma dinâmica e com a mesma intensidade com que é amado pelo seu e
nosso Pai. E é nessa força e nesse espírito que somos chamados/as e capacitados
para amar. O amor de Deus, que se tornou visível em Jesus Cristo, se torna em
nós dom e mandamento. “O meu mandamento é este: amem-se uns aos outros assim
como eu amei vocês”.
Mas o amor não se
confunde com um simples sentimento, que é sempre involuntário, e se impõe sobre
a vontade, é uma decisão. O amor está no horizonte da vontade, da decisão e da
ação que nos faz próximos e solidários de quem é diferente e precisa de nós.
Amar significa bem-querer, bem-dizer e bem-fazer, tudo ao mesmo tempo. Amamos
por vontade, por palavras e por ações.
Jesus apresenta a
si mesmo como medida e referência do amor: “Amem-se uns aos outros assim como
eu amei vocês”. Com isso, ele quer nos libertar da tentação de colocar
nossos desejos como referência para todas as relações. O amor se concretiza no
relacionamento de igual para igual, na abolição das hierarquias, senhorios e
servidões, no serviço gratuito e irrestrito. O próprio Jesus não nos trata como
servos/as mas como iguais, pois não reserva nada, e comunicar tudo significa
confiar irrestritamente.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“No fundo da consciência o ser humano descobre uma lei que não
foi ele que estabeleceu, mas que deve ser seguida por ele. É uma voz que lhe
fala ao coração e o chama a amar o bem e a praticá-lo, afastando-se do mal.
Essa lei foi inscrita por Deus no coração. Obedecer-lhe é o segredo da
dignidade humana, pois é por ela que todos serão julgados. A consciência é a
intimidade secreta, o sacrário da pessoa, em que se encontra a sós com Deus e
onde lhe ouve sua voz. Na consciência revela-se a lei que consiste em amar a
Deus e ao próximo” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 16).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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