segunda-feira, 16 de maio de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 755

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 755

Dia 16/05/2022 | Quinta Semana da Páscoa | Segunda-feira

Evangelho segundo João (14,21-26)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: Onde o amor e a caridade...(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0mrYfpaheBA)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de João 14,21-26

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Depois da última ceia e do lava-pés, Jesus se detém num longo e terno diálogo com seus discípulos, do qual o texto de hoje faz parte

·    Poderíamos dizer que se trata do “testamento” de Jesus, da comunicação do que ele gostaria que seus discípulos fizessem

·    Como estamos na semana que antecede a ascensão de Jesus, os trechos do evangelho nos lembram disso e da promessa do Espírito

·    Àqueles que declaramos repetidamente nosso amor a ele, Jesus sublinha que o amor a ele se mostra quando amamos como ele

·    É com os pequenos tijolos dos nossos relacionamentos pautados pelo amor solidário que Deus constrói sua morada no mundo

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Recomponha na memória as palavras que Jesus dirige aos discípulos, depois da ceia e prestes a ser preso e crucificado

·    Coloque-se mentalmente junto com os discípulos, perturbados com o gesto extremo de fraternidade de Jesus expresso no lava-pés, com o anúncio da sua morte e com a previsão de que seria traído por um dos seus discípulos mais íntimos

·    Será que na voz de Judas Tadeu se expressa a ideologia, ainda muito presente em nós, que espera de Jesus manifestações gloriosas e espetaculares, jamais a manifestação íntima e discreta aos discípulos e na cruz?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que precisamos mudar ou melhorar em nosso estilo de vida e nossas relações para oferecer um espaço digno para Deus habitar?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa esperança a cada dia mais forte!”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção “Monte Castelo” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ctAWPmcHoF84)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre João 14,21-26

Saltando alguns versículos que prosseguem o trecho meditado ontem, os quais apresentam a promessa de Jesus de enviar aos seus discípulos/as um “outro Advogado”, o “Espírito da Verdade”, este trecho do evangelho segundo João afirma a presença de Deus nas relações fraternas, solidárias e servidoras dos seus discípulos e discípulas. Não somos apenas nós que podemos morar na casa de Deus; ele mesmo pode vir e estabelecer em nós sua morada.

Esta é a primeira vez que Jesus fala do amor dos discípulos a ele. Até este momento, ele falara apenas da necessidade de amar os irmãos e irmãs e de estar disponível às necessidades do povo. Nesta perspectiva, crer em Jesus significa aderir amorosamente a ele, comportar-se como ele, compartilhar seus sonhos, pensamentos atitudes. Mas o amor a ele se encarna e se mostra necessariamente no amor aos irmãos e irmãs, no amor que nos torna irmãos, porque não é mero sentimento. A ação em benefício dos outros é a única forma de concretizar o amor.

Este amor só é chamado de mandamento porque é norma de vida, e fundamenta e substitui todos os códigos de leis. No evangelho de João, Jesus jamais cita ou enumera os dez mandamentos, pois entende que só existe um. O amor concreto é a chave que abre a porta para que o Pai e o Filho façam em nós sua morada. Sendo o que “acomuna” o Pai e o Filho, o Espírito Santo de Amor é também o que une os discípulos entre si, a Jesus e ao Pai. Enquanto algo a ser proclamado, esse amor recebe o nome de mensagem; enquanto norma de vida, é chamado de mandamento; enquanto dinamismo de Deus em nós, é apresentado como Espírito Santo.

Jesus adverte seus discípulos e discípulas que amá-lo significa guardar sua Palavra ou sua ordem de amarmo-nos como ele nos amou, implica em comportar-se como ele em relação a tudo e todos/as. Sendo a essência do Espírito de Deus, o amor transforma a comunidade cristã e os milhões de discípulos/as anônimos/as em infinitas vivendas mediante as quais Deus se faz presente no mundo. Não o adoramos em santuários e templos mas em espírito e verdade.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Alegria e esperança

Desde as suas origens o ser humano se entretinha com Deus. Existe, foi criado e vive, porque Deus o ama. Não viverá pois plenamente, segundo a verdade, se não reconhecer livremente esse amor e confiar no seu Criador. Hoje em dia muitos são os que não levam em conta essa relação íntima e vital com Deus, ou até a rejeitam explicitamente. O ateísmo é um dos aspectos mais graves de nossa época, que precisa ser cuidadosamente analisado” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 19).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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