segunda-feira, 16 de maio de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 756

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 756

Dia 17/05/2022 | Quinta Semana da Páscoa | Terça-feira

Evangelho segundo João (14,27-31)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: Onde o amor e a caridade...(Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0mrYfpaheBA)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de João 14,27-31

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Este ensino ocorre logo depois da ceia, do lava-pés e da reflexão exortativa que se seguiram, e faz parte do seu “testamento”

·    Nele, Jesus faz a promessa de enviar o Espírito da Verdade, que guiará e sustentará quem o ama no prosseguimento da sua missão

·    A paz que ele promete, expressão que equivale ao nosso “tudo de bom para todos”, torna-se saudação e distintivo de quem o segue

·    No final, Jesus convida os discípulos a levantarem-se e saírem, com ele, passando da mesa da eucaristia à arena do mundo

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Recomponha na memória essa bela e sugestiva alegoria, dando asas à imaginação para entender seu alcance

·    Coloque-se mentalmente junto aos discípulos, perturbados com o gesto do lava-pés, com o anúncio da sua morte e com a previsão de que seria traído por um dos seus discípulos mais íntimos

·    Acolha as palavras de despedida de Jesus, a afirmação de que vai para voltar, que vai ficando, o seu “até breve!”

·    Tome consciência dos medos, fragilidades e carências que perturbam você, sua família e sua comunidade

·    Procure experimentar a alegria que nos vem da certeza de que é bom para nós que Jesus volte ao Pai, que o enviou e sempre o envia

·    Deixe que a alegria e a paz, que brotam da experiência de estar seguro nas amorosas mãos de Deus, inunde seu ser, seu dia (noite)

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Visualize as situações de violência e angústia (não apenas a guerra) que ferem muito irmãos e irmãs e reze pedindo a paz

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa esperança a cada dia mais forte!”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com canção “Monte Castelo” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ctAWPmcHoF84)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre João 14,27-31

Estes breves versículos são densos e intensos. Eles representam a conclusão da primeira parte do diálogo de Jesus com os discípulos, após a ceia. Jesus vê estampado nos olhos deles o medo e a perturbação e, mesmo assim, não os poupa da verdade: ele deve ir, partir, ausentar-se brevemente. Mas o faz para voltar mais tarde, e voltar plenamente. Por isso, deixa-lhes a paz, e quer que vivam alegres e confiantes, como discípulos maduros.

“Paz” é a palavra de despedida da comunidade judaica. Utilizando esta saudação, Jesus sublinha que não a faz como todo mundo costuma fazer. É sua saudação pessoal, que não é um adeus, mas um “até breve” ou “até logo”, com reforço no advérbio de tempo. Ele não se despede, porque ele vai para voltar, ele vai e fica, ele vai ficando. Esta sua ida é indispensável, porque nela, na cruz por amor, ele tornará concreto e irrefutável o amor de Deus pela humanidade.

Jesus diz que não poderá falar muito porque deve partir, porque sua partida é iminente e o tempo é breve. Na verdade, será preso naquela mesma noite. Por isso, Jesus fala da aproximação do “chefe deste mundo”, que personifica as forças e estruturas que oprimem e dominam, inclusive aquelas que agem em nome da religião. Mas Jesus deixa claro que este chefe não tem força de mando ou poder de intimidação sobre ele: quem tem a Palavra é o Pai.

Jesus decide trilhar o caminho da paixão e morte não porque “o chefe deste mundo” tem poder sobre ele, mas porque assim cumprirá a vontade do Pai, que o quer radicalmente compassivo e solidário com as vítimas de todos os tempos, sinal concreto do imenso, generoso e eterno amor do Pai. Isso não deixará dúvidas sobre a autenticidade da sua mensagem e da sua identificação com o querer e o agir do Pai em benefício da humanidade.

Jesus dá a vida para não ceder à lógica do mundo, e, assim, o vence. Por isso, é bom que ele vá ao Pai, passando pela cruz. Sua acolhida nos braços daquele que “é maior” é a confirmação de que ele, humano que é, vem do Pai, fala o que ouviu do Pai e faz aquilo que vê o Pai fazer. E convida os discípulos a levantar e seguir com ele.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Alegria e esperança

Diante da evolução do mundo moderno, levantam-se questões cada vez mais numerosas e fundamentais, que se impõem com extrema acuidade: o que é o ser humano? Que sentido tem a dor, o mal e a morte, que resistem, apesar de tantos progressos! Que adiantaram as vitórias tão custosas conquistadas? Que a pessoa deve dar à sociedade ou esperar dela? Que acontece depois da morte?” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 10).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

Nenhum comentário: