quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 849

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 849

Dia 19/08/2022 | XX Semana do Tempo Comum | Sexta-feira

Evangelho segundo Mateus (22,34-40)

(1)Coloque-se em atitude de oração  

·     Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·     Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·     Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·     Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·     Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·     Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·     Prepare-se ouvindo e rezando: Cada vez que eu venho para te falar (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)

 

(2)Leia o texto da Palavra de Deus

·     Leia com toda a atenção o texto de Mateus 22,34-40

·     Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·     Depois de uma longa caminhada de ativa compaixão em benefício do povo e de formação dos, Jesus chega a Jerusalém

·     Entra no templo com o chicote na mão e inicia um confronto duro e implacável com a elite que controla o judaísmo

·     Sacerdotes, escribas e fariseus não reconhecem e contestam a autoridade de Jesus e se aliam para enfrenta-lo e eliminá-lo

·     O questionamento narrado no texto de hoje faz parte dessa estratégia e força Jesus a uma tomada de posição teórica

·     A resposta de Jesus focaliza o horizonte unificador e dinamizador da Lei e dos Profetas: o amor a Deus e ao próximo

·     O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)Medite a Palavra de Deus

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·     Você leva a sério a centralidade do amor integral e fiel a Deus e ao próximo no qual está presente como a síntese da lei e da profecia?

·     Você percebe em você e na sua comunidade a tentação de acentuar exageradamente a obediência a Deus e a moral em detrimento do amor ativo e compassivo ao próximo?

·     Como a Igreja poderia ensinar e explicitar melhor esse fio vermelho em seu ensino e em sua prática pastoral?

·     Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)Reze com o texto lido e meditado

·     Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·     Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·     Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·     Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·     Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·     Abra sua mente e seu coração para que o amor com que Jesus ama você fecunde sua relação com as pessoas e a natureza

·     Peça a Deus a graça de responder aos que desafiam e contestam sua fé com serenidade e firmeza, como Jesus

 

(5)Contemple a vida à luz da Palavra

·     Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·     Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·     Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·     Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·     Como poderíamos ajudar nossos catequistas, padres e bispos a manter claramente a primazia do amor em tudo o que ensina e faz?

 

(6)Retorne à vida cotidiana

·     Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·     Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Ouça e reze com a canção “Ieshuá” (Catalogaram Jesus) (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=2Od8Hep_whw)

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

 

Breves notas sobre Mateus 22,34-40

Já dissemos que os capítulos 21 e 22 de Mateus apresentam o confronto permanente entre Jesus e o reino de Deus com a elite dirigente do judaísmo e a lógica excludente do templo. Nos trechos omitidos entre os textos de ontem e de hoje (v. 15-33), Jesus discute com os saduceus sobre a ressurreição e a legitimidade do imposto exigido pelo império romano. Com suas respostas e argumentos, Jesus calou a boca dos saduceus.

Mas o silêncio dos saduceus não é vergonha nem inércia. Eles se aliam aos fariseus e mestres da lei para colocar Jesus novamente à prova. Desta vez, provocam Jesus a distinguir entre os mandamentos aqueles que seriam grandes e relevantes e aqueles que poderiam ser tratados como secundários. Jesus responde sublinhando a unidade dos mandamentos, e não a hierarquização. As leis da aliança e a perspectiva profética se entrelaçam na prática do amor.

Jesus responde acenando para aquilo que o livro do Deuteronômio apresenta no capítulo 6: o horizonte dos mandamentos é o amor profundo e integral a Deus, inseparável do amor social e cotidiano ao próximo. Não se trata de atos ocasionais de amor, e muito menos de simples sentimentos, mas de uma visão social e estrutural, que conjuga o amor ao próximo ao amor a Deus, do qual decorre.

Como havia anunciado no capítulo 5 de Mateus, a Lei e os Profetas, ou seja, todas as escrituras, dependem disso! Em outras palavras: o maior e mais importante dos mandamentos é a fidelidade e a perseverança integral e diária na prática da compaixão ativa, humanizadora e libertadora. E isso não é um entre outros mandamentos, mas o coração pulsante da inteira experiência e vontade de Deus na história.

Em outras palavras, isso constitui o núcleo ou fio de ouro da pregação de Jesus. Sem esse amor, a fé se torna moralismo e legalismo vazio. É nesse amor, na afirmação prática da dignidade do outro e no serviço solidário e perseverante às suas necessidades, que se revela e sustenta a verdade e a solidez da fé. Nada vem antes nem está acima disso!

 (Itacir Brassiani msf)

Vocação: graça e missão

A vocação não é vivida isoladamente, sem relação com o mundo e com as pessoas. Participando da vida bem-aventurada de Deus, aprendemos o seu modo de agir, e isso implica necessariamente responder ao chamado pela fraternidade universal, que é a índole da vocação humana. Graças ao contato com os demais, ao mútuo serviço e ao diálogo com os demais, o ser humano se habilita a responder à própria vocação” (Texto-Base do 3º Ano Vocacional [2022-2023], § 29).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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