segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 832

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 832

Dia 02/08/2022 | XVIII Semana do Tempo Comum | Terça-feira

Evangelho segundo Mateus (14,22-36)

(1)Coloque-se em atitude de oração  

·     Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·     Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·     Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·     Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·     Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·     Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·     Prepare-se cantando: A Palavra de Deus, ouvida, é a verdade que nos liberta; que nos chama à nova vida...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=mb6XIsXI2Bk)

 

(2)Leia o texto da Palavra de Deus

·     Leia com toda a atenção o texto de Mateus 14,22-36

·     Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·     Depois de, movido pela compaixão, distribuir pão e peixe para todos, Jesus envia os discípulos à sua frente e se retira para rezar

·     Longe de Jesus, no meio da noite e do mar agitado pelo vento, eles se apavoram e tem dificuldades até de reconhecer Jesus

·     É a simples presença de Jesus no barco que acaba com as ameaças, e sua mão estendida e Pedro é socorro e alívio

·     As palavras de Jesus são de encorajamento, mas também de advertência pela debilidade da sua fé

·     Na voz de Pedro, os discípulos acabam fazendo uma bela profissão de fé em Jesus, reconhecendo ser ele o Filho de Deus

·     O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)Medite a Palavra de Deus

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·     Procure participar das três cenas: Jesus retirando-se para uma noite de oração; os discípulos no meio do mar agitado pelas ondas, gritando de pavor no meio da noite; a aproximação de Jesus, seu diálogo com Pedro e a calmaria que se fez

·     Tente perceber o conteúdo do diálogo orante de Jesus com o Pai: certamente ele faz menção à morte de João Batista, à sua compaixão pelo povo, ao pão tornado acessível a todos, aos discípulos que ele havia enviado à sua frente

·     Recorde situações de aperto e desespero pelas quais você passou, e como a fé na presença de Jesus lhe ajudou

·     Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)Reze com o texto lido e meditado

·     Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·     Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·     Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·     Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·     Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·     Visualizando tanta gente assustada e ferida pela pandemia, repita, com Pedro: “Senhor, salva-nos!”, e permita que Jesus lhe estenda

 

(5)Contemple a vida à luz da Palavra

·     Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·     Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·     Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·     Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)Retorne à vida cotidiana

·     Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·     Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Medite cantando “Deus seja louvado no pão partilhado” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=_qIZK85mrGQ)

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Feche a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Breves notas sobre Mateus 14,22-36

Depois de saciar a multidão faminta com a partilha solidária de pão e peixe, Jesus envia os discípulos à sua frente e se retira para rezar durante toda uma noite, sozinho, como ensinara aos seus discípulos. Em oração, ele renova seu compromisso para que o nome do Pai seja santificado, que que venha seu reino, sua vontade seja feita, e que o pão chegue a todas as mesas.

Paralelamente, já no meio do mar e da noite, o barco dos discípulos é agitado pelo vento e pelas ondas. Certamente a agitação é também interior, frente à compaixão de Jesus pelo povo e à convocação de todos a colaborarem com o atendimento às suas necessidades essenciais. O mar representa todas as forças adversas, tanto interiores como exteriores, inclusive a pressão do império romano.

A aproximação de Jesus em meio ao mar agitado e ameaçador não resolve a situação, e até a torna mais grave, pois, pensando que ele fosse um fantasma, os discípulos começam a gritar de pavor e medo. Por isso, as primeiras palavras de Jesus são para acalmar e encorajar seus seguidores, insistindo que é ele mesmo, e não uma fantasia deles. Ao fazer seu pedido, Pedro deixa entrever que a dúvida sobre quem é que se aproxima continua.

A aparente fé e submissão de Pedro a Jesus denota um certo desejo de participar do seu poder, mas não consegue disfarçar o medo e a fragilidade que o envolvem e são mais profundas que a própria fé. Quando ele grita de medo, temendo mais as ondas e o vento que a Jesus, este lhe estende a mão e adverte: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” E assim que ele entra no barco, tudo se acalma, e Jesus é reconhecido como Filho de Deus.

As tribulações e riscos fazem parte da vida dos/as discípulos de Jesus: medo, cansaço, incompreensão, vontade de abandonar tudo. Mas precisamos deixar a palavra de Jesus ressoar forte em nossos ouvidos e em nosso coração e segurar a mão que ele nos estende. É assim que teremos condições de prosseguir, com e como ele, o ministério de restaurar a vida dos pobres, predominante nos ministérios ordenados mas comum a todas as vocações eclesiais.

 (Itacir Brassiani msf)

 

O valor da formação litúrgica

Voltemos ao cenáculo em Jerusalém. Na manhã de Pentecostes nasce a Igreja, célula inicial da nova humanidade. Somente a comunidade de homens e mulheres – reconciliados porque perdoados, vivos porque Ele está vivo, verdadeiros porque habitados pelo Espírito da verdade – pode abrir o espaço apertado do individualismo espiritual(Papa Francisco, Carta apostólica Desiderio desideravi, § 32).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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