O homem que ensinava aprendendo
Paulo Freire havia sido profeta de uma
educação solidária.
Em seus começos, dava aulas debaixo de
uma árvore. Havia alfabetizado milhares e milhares de trabalhadores do açúcar,
em Pernambuco, para que fossem capazes de ler o mundo e ajudassem a
transformá-lo.
A ditadura militar o prendeu, expulsou-o
do país e proibiu o seu regresso.
No exílio, Paulo andou pelo mundo.
Quanto mais ensinava, mais aprendia.
Hoje, trezentas e quarenta escolas
brasileiras têm o seu nome.
(Eduardo Galeano, Os filhos dos dias, L&PM, 2012,
p. 374)
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