Tornando-me
Nu
eu me lanço em teus braços
Nu
como nasci, como sempre estive
Oh,
altíssimo!
Tu
que és tão alto e tão baixo,
Tão
soberano e tão pobre,
Tu
que te escondes do rico e
Te
apresentas em migalhas aos Pobres.
Nas
torrentes do teu corpo-incorpóreo
Quero
me banhar,
Nu,
quero me banhar.
Rejeitei
em mim o tempo,
Rejeitei
em mim o pudor de Adão,
Gritei
alto o teu único nome: Amor.
Nu
me percebi,
Não
me envergonhei,
Apenas
me lancei.
E
lembrei, dos banhos de chuva
Dos
tempos de menino.
Sem
ânsia de querer saber,
Apenas
em silêncio,
Apenas
mergulhado,
Me
transformando,
Me
aderindo.
Tu
me paristes,
Tu
me criastes,
Agora
eu retorno a Tu
A
Tu que ao mesmo tempo é EU
Em
silêncio, em aderência.
Tu,
que tens por nome: Amor.
Paulo Henrique (Postulante MSF, Recife)
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