Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 484
Dia 19/08/2021 | 20ª Semana Comum | Quinta-feira
Evangelho segundo Mateus (22,1-14)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
·
Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
·
Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
·
Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
momento que vivemos
·
Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se
ouvindo e rezando: Tua Palavra é luz no meu caminho (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
·
Leia com toda a atenção o texto de Mateus 22,1-14
·
Leia o texto em voz alta (se achar
necessário e for possível)
·
Depois
de uma longa caminhada missionária, durante a qual exerce o ministério da
compaixão em benefício do povo necessitado e forma seus discípulos na novidade
do Reino de Deus, Jesus chega a Jerusalém
·
É
acolhido com alegria pela gente da periferia, entra no templo com o chicote e radicaliza
o confronto com a elite do judaísmo
·
Através
de parábolas, inclusive a de hoje, ele enfrenta esta elite e justifica a
abertura das portas do reino de Deus aos pobres
·
Sacerdotes,
escribas e fariseus recusam o convite para a festa inclusiva do Reino de Deus, não
reconhecem e até contestam a autoridade de Jesus
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma?
(3)
Medite a Palavra de Deus
·
Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a
você hoje?
·
O
convite do Pai para participar da aliança do Filho não exclui ninguém, mas alguns
se recusam a participar daquilo que não lhes é exclusivo
·
Mesmo
que seus enviados sejam tratados com violência, o Pai não reage do mesmo modo,
mas se dirige aos se abrem à intervenção de Deus
·
Como
você vem respondendo a este convite para participar da festa da vida que acolhe
quem sempre foi relegado à margem?
·
Você
acolhe esse convite com alegria e compromisso, ou “com dor de cotovelo”, como
se você e sua classe fossem preteridos?
·
E
você está usando a roupa adequada para uma festa de núpcias (prática da justiça)
e não se preocupa com a coerência?
(4)
Reze com o texto lido e meditado
·
Tome consciência de que este texto é Palavra
de Deus
·
Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
·
Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
·
Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
·
Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz
dizer a Deus?
·
Peça
a Jesus a graça de se comprometer e se alegrar com a inversão de prioridades
que o Evangelho propõe e inaugura
·
Louve
a Deus pelos sinais de reconhecimento da dignidade das pessoas e grupos
histórica e socialmente marginalizados
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
·
Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
·
Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
·
Perceba o que você precisa mudar a
partir dessa meditação
·
Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
(6) Retorne à vida cotidiana
·
Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
·
Recite ou cante a invocação: Jesus,
Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Medite com a bela
canção “Senhor, se tu me chamas eu quero te ouvir; se queres que eu te siga
respondo: eis-me aqui!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=gUhYcuWjSNs)
·
Apague a vela e termina seu momento de
oração
Pistas sobre Mateus 22,1-14
O calendário omite quase dois capítulos do
evangelho de Mateus, e nos propõe para hoje o início do capítulo 22. A parábola
faz parte do quinto bloco narrativo de Mateus. Jesus percorreu um longo caminho
e chegou a Jerusalém. Ali ele travará um duro confronto com a instituição do
templo e seus defensores, que começa com sua entrada no templo com chicote na
mão e se prolonga em várias parábolas.
A parábola dos convidados para a festa de casamento
é um confronto aberto de Jesus com os fariseus e os mestres da lei, que
representam a elite religiosa do judaísmo. Os protagonistas são um rei que
convida seus amigos para a festa de casamento do filho (uma alusão a Jesus).
Comer e festejar significa participar da vontade de Deus, e evoca as refeições
de Jesus com as pessoas excluídas.
Os convidados preferenciais para a festa declinam
do convite reiterado do rei, e tratam com violência os mensageiros que ele
envia. Na verdade, rejeitam a autoridade de Jesus e a participação no dinamismo
do Reino de Deus, no qual há lugar para todos. Mesmo vendo seu convite
rejeitado e seus enviados tratados com violência, o rei não reage de modo
violento, nem pune aqueles que não o reconhecem.
Então, o rei deixa de convidar os que vivem nos
templos e corredores dos palácios e se dirige às pessoas e grupos que vivem nas
encruzilhadas (lugares de mendicância), abrindo a porta do seu Reino a todos,
sem exclusão: homens e mulheres, judeus e pagãos, doentes e pecadores, adultos
e crianças, bons e maus. É nisso que consiste a alegria do rei, e é nisso que
ele se parece com Deus Pai.
Alguém que aceitou o convite não tem as vestes adequadas e é punido
duramente. Trata-se de pessoa que quer ser discípula de Jesus mas não assume um
novo jeito de viver. Os últimos da escala social e aqueles que se dispõem a
seguir a Jesus precisam assumir seus valores e suas práticas: dar gratuitamente
aquilo que de graça receberam. Deus trata severamente as elites e os discípulos
maus!
(Itacir Brassiani msf)
Ensinamento do
Papa Francisco
“As
razões, pelas quais um lugar se contamina, exigem uma análise do funcionamento da
sociedade, da sua economia, do seu comportamento. Dada a amplitude das
mudanças, já não é possível encontrar
uma resposta específica e independente para cada parte do problema. É
fundamental buscar soluções integrais que considerem as interações dos sistemas
naturais entre si e com os sistemas sociais. Não há duas crises separadas: uma ambiental e outra social; mas uma
única e complexa crise socioambiental”. (Laudato Si’, § 139)
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a
Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a
vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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