“Aprendei a fazer o bem, procurai a justiça” (cf. Is 1,17)
Semana de
Oração pela Unidade Cristã (22-28/05/2023)
Foi em um contexto profundamente marcado
pela rejeição às pessoas pobres que o profeta Isaías procurou despertar a consciência das pessoas ricas de Judá. Ele chamava a atenção para a profunda
contradição entre o cumprimento de todos os preceitos religiosos e a
marginalização das pessoas pobres. Ensinava que de nada vale ser um fiel
cumpridor de ritos e sacrifícios religiosos se, no entorno do Templo, há
pessoas que não têm onde morar e o que comer.
O profeta Isaías compreendia a desigualdade econômica, social e a
discriminação religiosa como uma ferida infecciosa e um sacrilégio diante de
Deus. Injustiça e desigualdade levam à fragmentação social e religiosa.
Suas profecias denunciam as estruturas políticas, sociais, religiosas e a
hipocrisia de oferecer sacrifícios enquanto as pessoas pobres são violentadas.
Isaías denuncia
vigorosamente a estrutura de poder formada pelo Templo e pelo Palácio, porque
este tipo de organização política, econômica e religiosa, legitima as
desigualdades, discriminações e as violências, além de desvirtuar a sacralidade
da justiça. Ao criticar o sistema de seu tempo, o profeta Isaías adverte:
“Aprendei a fazer o bem, procurai a justiça, chamai à razão o espoliador, fazei
justiça ao órfão, tomai a defesa da viúva” (Is 1,17).
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