domingo, 26 de junho de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 796

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 796

Dia 27/06/2022 | XIII Semana do Tempo Comum | Segunda-feira

Evangelho segundo Mateus (8,18-22)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: A comunidade se levanta e canta...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=626ZWUm3qpg)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Mateus 8,18-22

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Jesus forma seus discípulos em casa, nas sinagogas, no meio do povo, nas travessias, e em tudo o que faz

·    Ele responde às m buscas que se aninham em nosso ser, mas não faz média com interesses mesquinhos e costumes cristalizados

·    Por isso, as advertências e “puxões de orelha” fazem parte da nossa formação dos/as discípulos/as nos caminhos do Reino

·    Nada pode ser anteposto ao imperativo de buscar o Reino de Deus e a sua justiça, e nada deve se interpor entre o hoje e o futuro

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Preste atenção nas atitudes e nos pedidos do escriba e do discípulo: O que há de semelhante? O que há de diferente?

·    Jesus propõe uma vida quase nômade, itinerante, sem estabilidade, e uma urgência que não admite postergar as decisões importantes

·    Os discípulos têm dificuldade de romper com algo: e você, o que impede sua dedicação à construção do outro mundo possível?

·    De que você ainda precisa se desapegar para ser livre e generoso no seguimento de Jesus?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Apresente a ele os nomes e rostos dos irmãos e irmãs, pais e mães, que você recebeu seguindo os passos dele

·    Fale a Jesus sobre aquilo que ainda lhe custa deixar, mudar, passar adiante, colocar a serviço de um novo mundo possível

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Quais são as barreiras ou fardos que ainda impedem que sejamos comunidade de discípulos/as missionários/as?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Ouça e cante a “Vem, eu mostrarei...” (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=lV1mSM4aOnMhw)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Breves notas sobre Mateus 8,18-22

Depois de apresentar três relatos de curas realizadas por Jesus – sinais da chegada do Reino de Deus como vida abundante para todos/as – Mateus nos apresenta três cenas focalizadas em atitudes questionadoras de Jesus, duas das quais meditaremos hoje. São uma espécie de advertência ou correção de Jesus dirigidas a quem deseja ser seu discípulo/a sem assumir as exigências que isso comporta.

Jesus está iniciando a passagem do espaço territorial dos judeus ao terreno dos pagãos, marcado por uma presença mais ostensiva dos invasores romanos, e um escriba ou mestre da lei se apresenta como candidato ao discipulado, mesmo sem ter sido chamado. Ele vê em Jesus um mestre ou guru importante, mas apenas um a mais entre tantos mestres. Não passa pela sua cabeça que Jesus proponha uma ruptura radical com a estabilidade e a instituição, e nem leva em conta que é sempre o mestre quem escolhe seus discípulos/as.

Jesus responde sublinhando o contraste entre a estabilidade dos mestres da lei e a mobilidade e a itinerância da comunidade que se reúne ao seu redor. Jesus é um pregador itinerante, avesso à instalação e à estabilidade, próprias de instituições fechadas. A comunidade de discípulos/as de Jesus vai contra a corrente, é um caminho que exige ousadia e firmeza, uma comunidade que se situa no limiar entre o mundo de relações desiguais e violentas em que vivemos e o outro mundo possível.

Em seguida, um daqueles que já seguiam Jesus se mostra disposto a continuar o caminho e “passar para a outra margem”, mas pede um tempo, uma licença para cuidar do pai até que ele morra, pois ele é arrimo de família. Aparentemente, seu pedido não é descabido, mas Jesus sublinha que o discipulado não admite parênteses e adiamentos, está acima da piedade e dos compromissos com a família de sangue e outras instituições.

Como na versão de Lucas, Jesus ensina que o Reino de Deus deve ser absoluta, e nada pode se antepor à dedicação plena e imediata a ele, pois os novos céus e a nova terra urgem, a humanidade clama por ele, o mundo fraterno e justo não pode esperar.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Solicitude pela realidade social

Os povos e os indivíduos aspiram à própria libertação: a busca do desenvolvimento pleno é o sinal do seu desejo de superar os múltiplos obstáculos que os impedem de usufruir de uma vida mais humana. A aspiração à libertação de toda e qualquer forma de escravatura, relativa ao homem e à sociedade, é algo nobre e válido. E é isso justamente o que tem em vista o desenvolvimento, ou melhor, a libertação e o desenvolvimento, tendo em conta a íntima conexão existente entre estas duas realidades(João Paulo II, Sollicitudo rei socialis, § 46).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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