terça-feira, 14 de junho de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 785

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 785

Dia 15/06/2022 | XI Semana do Tempo Comum | Quarta-feira

Evangelho segundo Mateus (6,1-6.16-18)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: O Senhor vai acendendo luzes...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=lWUng2ouMHc)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Mateus 6,1-6.16-18

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Este texto está situado na primeira etapa de formação dos discípulos/as de Jesus na novidade do seu Evangelho

·    Jesus não se entusiasma com as práticas de piedade, pois sabe que podem ser perniciosas, e propõe a forma adequada de praticá-las

·    Esmola, oração e jejum, por mais beneficentes que se mostrem, podem estar mais a serviço do sujeito que das pessoas beneficiadas

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Deixe ressoar em você este ensino inovador de Jesus, que ele mesmo viveu em primeira pessoa: fazer o bem sem olhar a quem

·    Como você e sua comunidade tem vivido as práticas de partilha solidária? Há algo a ser revisto e melhorado nelas?

·    E o que pensamos hoje em relação ao jejum? Vemos sentido? Com que sentido o praticamos, ou com que argumentos o contestamos?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Peça ao Senhor a graça de se fechar a toda e qualquer busca de relevância e fama, e apresente a ele, em oração, as dores e esperanças da sua família e do povo ao qual pertence

·    Peça a Jesus um coração generoso, despojado, universal e focado no Pai e nos irmãos e irmãs como o dele

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como poderíamos praticar o princípio ensinado por Jesus no ambiente de exposição midiática excessiva que vivemos hoje?

·    Como evitar também que as ações beneficentes enfatizem mais o/a doador/a que a pessoa beneficiada, ou encubram as injustiças?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Ouça e cante a Oração de São Francisco (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=Qc3Tp-OrUGI)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Breves notas sobre Mateus 6,1-6.16-18

Nas últimas meditações, refletimos sobre a proposta inovadora de Jesus frente aos costumes e leis do judaísmo, em seis exemplos concretos. Hoje Jesus prossegue seu ensino, deslocando a atenção das prescrições legais para as práticas de piedade: a esmola, a oração e o jejum. É uma nova e importante etapa na formação dos/as discípulos/as! Não faltemos a mais esta lição da nossa formação permanente, nem nos distraiamos diante do Mestre.

Nos exemplos anteriores, o tema era a justiça maior e plena, a justiça excedente que antecede e ultrapassa as prescrições e proibições. Este tema continua na presente seção, como, de resto, em todo o evangelho de Mateus. Para alguns setores importantes do judaísmo, tudo se resumia em aparecer, ser visto/a e reconhecido/a, granjear a fama aos olhos do povo, inclusive com práticas morais muito minuciosas. Em vista do reconhecimento faziam qualquer coisa, e a isso subordinavam até as práticas religiosas.

Jesus começa sua exortação catequética com uma advertência contundente: “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente das pessoas, só para serdes vistos por elas!” Jesus não é ingênuo, e percebe que esta busca de evidência e relevância pode contaminar até aquilo que parece mais piedoso e religioso, como a partilha mediante a esmola, a oração e o jejum. A hipocrisia pode contaminá-las e destituí-las de valor evangélico ou salvífico!

Jesus propõe um princípio geral e efetivo para evitar esse risco: evitar a busca do aplauso e da publicidade, deslocando o foco de nós mesmos e nossas instituições para Deus e o Outro. É isso que nos justifica! O resto é teatro e espetáculo para impressionar as pessoas incautas. O que vale todas as penas é a aprovação de Deus, que vê o que é discreto e secreto, aquilo que ninguém vê, aqueles/as que ninguém quer ver, reconhecer e valorizar.

A ostentação e a aparência têm pouco a ver com Deus, com sua vontade e com sua ação no mundo. Muito ao contrário, este tipo de piedade é capaz de irritar em vez de agradar a Deus.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Solicitude pela realidade social

A prática da solidariedade é válida, quando os seus membros se reconhecem uns aos outros como pessoas. Aqueles que dispõem de uma parte maior de bens e de serviços comuns hão de sentir-se responsáveis pelos mais fracos e estar dispostos a compartilhar com eles o que possuem. E os mais fracos não devem adotar uma atitude meramente passiva ou destrutiva do tecido social; mas, embora defendendo os seus direitos, fazer o que lhes compete para o bem de todos(João Paulo II, Sollicitudo rei socialis, § 39).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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