sábado, 4 de junho de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 775

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 775

Dia 05/06/2022 | Domingo | Solenidade de Pentecostes

Evangelho segundo João (20,19-23)

(1)Coloque-se em atitude de oração  

·     Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·     Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·     Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·     Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·     Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·     Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·     Prepare-se cantando o mantra: A nós descei divina luz!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=LOjQHOxmC4o)

 

(2)Leia o texto da Palavra de Deus

·     Leia com toda a atenção o texto de João 20,19-23

·     Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·     Este texto relata o primeiro encontro de Jesus com seus discípulos depois da sua paixão e morte, na tarde do domingo da ressurreição

·     Jesus não reconhece muros e paredes, e reestabelece a paz na vida dos discípulos medrosos e envergonhados

·     Ao mesmo tempo, superando toda forma de desconfiança, confia-lhes a continuidade da própria missão

·     Jesus se faz presente em meio aos discípulos refazendo a Paz, presente do reino de Deus, e os constitui para irem em seu nome

·     O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)Medite a Palavra de Deus

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·     Situe-se no cenáculo fechado, entre os discípulos medrosos e envergonhados pela deserção diante da prisão de Jesus

·     Acolha e deixe ressoar as palavras de Jesus, deixe que o Sopro de Deus insufle vida em sua vida, missão em sua acomodação, unidade na diversidade

·     Acolha confiante e agradecido/a o mandato missionário de Jesus: Assim como o Pai me enviou, eu envio você!

·     Perceba com eles a presença inesperada, misteriosa e pacificadora de Jesus crucificado e ressuscitado

·     Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)Reze com o texto lido e meditado

·     Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·     Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·     Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·     Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·     Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·     Repita, com profunda sinceridade: Tu me concedes a Paz, e me envias. Obrigado por esse dom e esta missão de combater o Mal do mundo

 

(5)Contemple a vida à luz da Palavra

·     Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·     Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·     Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·     Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·     Pedir que o Espírito venha a nós e nossas Igrejas significa pedir que o “Divino Incômodo” tire os cristãos e suas Igrejas do isolamento, da inércia e da zona de conforto. Estamos mesmo dispostos/as a acolhê-lo?

 

(6)Retorne à vida cotidiana

·     Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·     Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Medite e reze com canção “Um hino ao Divino (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=B8xhmQ2yg0Q)

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

 

Pistas sobre João 20,19-23

Estamos habituados a situar o acontecimento de pentecostes cristão cinquenta dias após a ressurreição de Jesus. Segundo o evangelho de João, este evento que mudou radicalmente a atitude dos discípulos teria acontecido na noite que se seguiu à ressurreição. A liturgia cristã une estas duas perspectivas, entendendo a páscoa como um acontecimento processual que inicia na ressurreição de Jesus e culmina no envio do Espírito Santo.

O trecho do evangelho de hoje está situado exatamente no início desse movimento progressivo. Quando tudo parecia definitivamente sepultado, acabado e imutável (“fechado”), Jesus irrompe em meio aos discípulos aterrados de medo e instaura a paz. É este encontro e esta palavra, e não apenas o sepulcro vazio, que provoca a mudança que todos/as conhecemos. Jesus não está fora, acima ou indiferente a eles, mas no meio deles.

A harmonia plena e o bem-estar total que Jesus deseja e transparece na saudação não é algo vazio nem uma ordem penosa: é um dinamismo que toma conta dos discípulos mediante o sopro de Jesus. Trata-se do mesmo sopro do Criador, quando moldou o ser humano do pó da terra. Sem esse sopro, o ser humano e o discípulo não passa de pó indefinido e de barro informe.

Entretanto, para não eixar dúvidas e não induzir à confusão, soprando, Jesus fala, explicita o significado do seu gesto. Trata-se do dom do Espírito Santo, do dom da fortaleza e fidelidade missionária: “Como o pai me enviou, também vos envio”. Jesus não institui um ministério ou sacramento, nem constituiu um colegiado, mas convoca e envia em missão. Com a força do Espírito, a paz experimentada no cenáculo não pode reter ninguém.

A quem e a fazer o quê são enviados os discípulos? Como Jesus, são enviados aos pecadores/as, às ovelhas perdidas, às vítimas das relações violentas e agressivas, para abrir-lhes as portas da graça, para acolhê-los como irmãos e filhos/as amados/as do Pai. É isso que significa “tirar (ou carregar) o pecado do mundo”. O Espírito não nos torna simples confessores, mas pessoas novas e solidárias.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Alegria e esperança

A humanidade, cada vez mais interdependente e unificada, precisa assumir em conjunto a responsabilidade de construir um mundo mais humano para todos, em todas as partes da terra. Isso só será possível, se todos quiserem realmente a paz. Ressalta assim melhor, em nossos dias, a convergência entre a mensagem evangélica e os mais profundos objetivos e desejos do gênero humano, quando o Evangelho proclama bem-aventurados os que trabalham para a paz” (Vaticano II, Gaudium et Spes, § 77).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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