sábado, 11 de junho de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 782

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 782

Dia 13/06/2022 | Solenidade da Santíssima Trindade

Evangelho segundo João (16,12-15)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se ouvindo ou cantando o mantra Trindade de amor” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=GdHlmqWQ_Ic)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de João 16,12-15

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Este diálogo de Jesus com seus discípulos está no contexto da ceia de despedida e o lava-pés, e faz parte do seu “testamento”

·    O diálogo é precedido pelo anúncio da sua paixão e morte e do envio do Espírito como guia, defensor e pedagogo da comunidade

·    O conhecimento profundo do mistério de Deus em Jesus é progressivo, e supõe uma abertura ao que o seu Espírito diz

·    No horizonte da solenidade da Trindade, Jesus sublinha a unidade de ação entre ele, o Pai e o Espírito Santo

·    Em Deus não há solidão, nem hierarquia, mas perfeita comunhão e dom recíproco no amor, na compaixão e na ternura

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Coloque-se em meio aos discípulos, perturbados com o gesto extremo de fraternidade de Jesus, com o anúncio da sua morte e com a previsão da oposição que eles mesmos sofreriam para continuar a missão de Jesus

·    Você percebe, também hoje, sinais de oposição e resistência à missão dos seguidores/as de Jesus?

·    Quem implicações tem em nossa vida e nossas relações nossa fé num Deus que sustenta a originalidade de cada ser (três pessoas) e dinamiza a unidade pela comunhão (um só Deus)?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Contemple os laços íntimos e místicos que unem todas as criaturas, e louve pelos sinais de Deus Uno e Trino presente nelas

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como poderíamos avançar nas relações de comunhão inspiradas na Trindade no âmbito das famílias, da Igreja e das organizações?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Louve a Deus com o mantra “Louvarei a Deus seu nome bendizendo; louvarei a Deus, à vida nos conduz!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-aYxTsYWn5Q)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

 

Breves notas sobre João 16,12-15

Na solenidade da Santíssima trindade, o evangelho que nos ilumina faz parte do diálogo exortativo com o qual Jesus prepara os discípulos para a sua Hora, sua paixão e morte. Pouco a pouco, Jesus foi sublinhando a boa e desejável novidade: o envio do seu Espírito como dinamismo de comunhão com ele, com o Pai e com os irmãos e irmãs e, ao mesmo tempo, dinamismo que sustenta as comunidades de discípulos/as em permanente saída missionária.

Nos versículos de hoje, Jesus atribui ao Espírito da Verdade o papel de guiar os/as discípulos/as na compreensão das consequências da aceitação da sua mensagem, num processo de compreensão e interpretação que evolui de acordo com os acontecimentos. O Espírito é mestre experimentado que explica e aplica o Evangelho de Jesus na vida concreta das comunidades de discípulos e discípulas imersos num mundo extremamente hostil à novidade cristã.

A voz do Espírito é a voz de Jesus, ele fala aquilo que “ouve” de Jesus, assim como Jesus compartilha Palavra e Ação com o Pai. Eles têm em comum o amor fiel e generoso pelo ser humano. Por isso, assim como guiou e sustentou Jesus na sua missão emancipadora, o Espírito guia a comunidade cristã na sua atividade em favor da libertação dos homens e mulheres cativos dos seus próprios temores e do domínio das instituições que oprimem e discriminam.

É quando Jesus, por amor, desce aos lugares mais inferiores que se possa imaginar, que ele honra o amor do Pai e consuma a vocação à qual são chamados todos os seres humanos. E isso só é possível para os discípulos/as mediante a abertura à ação regeneradora e transformadora do Espírito Santo, que estabelece a relação de comunhão de tudo com tudo: do Pai com o Filho; do Pai e do Filho conosco; a nossa relação com os outros, com todas as criaturas.

É esse o sentido da afirmação aparentemente estranha de Jesus, quando diz que “todas as coisas do Pai são minhas” e que “ele vai receber do que é meu”. Não obstantes serem três e conservarem sua própria “personalidade”, eles são como “uma só coisa” na qualidade e na intensidade do amor compassivo pelas suas criaturas.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Solicitude pela realidade social

A consciência da paternidade comum de Deus, da fraternidade de todos os homens em Cristo e da presença e da ação vivificante do Espírito Santo conferirá ao nosso olhar para o mundo como que um novo critério para o interpretar. Por cima dos vínculos humanos e naturais delineia-se um novo modelo de unidade do gênero humano. Este supremo modelo de unidade, reflexo da vida íntima de Deus, uno em três Pessoas, é o que nós cristãos designamos com a palavra «comunhão». Esta comunhão, é a alma da vocação da Igreja para ser «sacramento(João Paulo II, Sollicitudo rei socialis, § 40).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)


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