domingo, 13 de novembro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 936

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 936

Dia 14/11/2022 | XXXIII Semana do tempo Comum | Segunda-feira

Evangelho segundo Lucas (18,35-43)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se ouvindo ou cantando “Aquele que vos chamou...” (aqui:  https://www.youtube.com/watch?v=r-U_W25Sypw)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Lucas 18,35-43

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Jesus se apresentara em Nazaré como o Ungido do Espírito para anunciar boas notícias aos pobres e libertá-los

·    No caminho para Jerusalém, enquanto formava seus discípulos no caminho do Reino de Deus, multiplicou os sinais disso

·    Nas proximidades de Jericó, importante centro comercial para os peregrinos que subiam a Jerusalém, Jesus encontra um cego

·    Mesmo sendo cego, sua fé é capaz de reconhecer o Messias de Deus na compaixão do profeta de Nazaré

·    Ele se torna protótipo de discípulo: reconhecendo Jesus como enviado de Deus, experimenta a salvação e segue seus passos

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Imagine-se à beira da estrada, na periferia de Jericó, em meio a esta cena, interagindo com os diversos personagens

·    Perceba a situação do cego mendigo, seu grito de socorro, o desprezo expresso pelas pessoas que seguem Jesus, a atenção de Jesus, o diálogo com o mendigo, a mudança radical da situação

·    Qual é a intensidade da sua confiança e sua fé em Jesus, o homem de Nazaré, e o que você pede insistentemente a ele?

·    Em que medida a ativa e solidária compaixão de Jesus pelas pessoas vulneráveis atrai e sustenta sua caminhada de fé?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Coloque-se aos pés de Jesus, deixe que suas palavras ressoem em você, e peça a consciência daquilo que é passageiro

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Ouça e reze com a canção “Faz de conta...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=r-U_W25Sypw)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

 

Breves notas sobre Lucas 18,35-43

O episódio narrado neste trecho do evangelho está situado no caminho de Jesus a Jerusalém, depois da parábola do fariseu e do publicano, após a apresentação das crianças como modelo para os/as discípulos/as e do anúncio de Jesus sobre sua rejeição e morte nas mãos das autoridades religiosas.

Nas proximidades de Jericó, um cego está mendigando à beira da estrada. Percebendo um crescente rumor de gente que se aproximava, o cego pergunta o que estava acontecendo. Ele já ouvira algo sobre Jesus, e quando lhe dizem que é “Jesus Nazareno” que se aproxima, solta seu grito, sem receio e sem constrangimento.

Sua palavra é um pedido, e seu pedido é um grito de socorro: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” O cego e mendigo não leva em conta as advertências das pessoas que acompanham Jesus, e não se cala. Mesmo cego, ele reconhece naquele profeta itinerante e suspeito o Messias enviado por Deus, o esperado filho de Davi, rejeitado pela própria família.

O grito do cego é expressão de fé, de tenaz confiança de que o Filho de Davi é movido pela compaixão, e veio para abrir os olhos aos cegos. Jesus vê a situação daquele “resto de gente”, a dor e a força que suscitam seu grito. Interrompe sua viagem, e pede que tragam o cego a ele. O mendigo interrompe a marcha de filho de Deus!

Interrogado sobre o que ele deseja do mais profundo da sua atribulada existência, o cego diz o óbvio: “Senhor, eu quero enxergar de novo...” Neste caso, enxergar é mais do que ver: é reconhecer a presença de Deus nos homens e mulheres, reconhece-los como irmãos, crer na vontade libertadora de Deus e colaborar com ela.

Jesus não é um messias poderoso, mas um profeta compassivo com os pobres e necessitados. Ele ensina e demonstra que a fé e confiança nele e na sua Palavra têm força iluminadora e libertadora. É ela que está na raiz da cura. Mas a salvação vai além da cura, e se traduz no seguimento agradecido de Jesus. E esse testemunho vivo é Evangelho que alegra a humanidade.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Mensagem do Papa Francisco

Urge encontrar estradas novas que possam ir além da configuração daquelas políticas sociais concebidas como uma política para os pobres, mas nunca com os pobres, nunca dos pobres e muito menos inserida num projeto que reúna os povos. Em vez disso, é preciso tender para assumir a atitude do Apóstolo, que podia escrever aos Coríntios: “Não se trata de, ao aliviar os outros, vos fazer entrar em apuros, mas sim de que haja igualdade (Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, 2022).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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