Ano A Roteiro de Leitura Orante
do Evangelho Nº 949
Dia 27/11/2022
| 1ª Semana do Advento | Domingo
Evangelho
segundo Mateus (24,37-44)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando o mantra: “Ó vem, senhor, não tardes” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=GV-waMJLivY&t=3s)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 24,37-44
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Estes versículos estão
situados no contexto literário da formação dos discípulos em Jerusalém, em
pleno confronto com o templo
· O tom predominante é
claramente exortativo, sublinhando aos discípulos a necessidade de viver sem
distração, ativos e vigilantes
· O que exige essa
atenção vigilante é o tempo e o modo (desconhecidos e imprevisíveis) da vinda
de Jesus e do Reino
· Para ilustrar a
necessidade dessa vigilância ativa, Jesus recorre a quatro casos que seus
interlocutores conhecem muito bem
· A interpelação é clara
e contundente: “Também vós ficai preparados, porque na hora que menos pensais, o Filho
do Homem virá!”
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Leia e releia
atentamente os versículos de hoje, observando os “casos” arrolados por Jesus
como exemplificação do seu ensino
· Estamos realmente
dispostos a “subir ao monte do Senhor” e aceitar que ele “nos mostre seus
caminhos”, como diz Isaías?
· O que nós, nossas
famílias e nossas comunidades, esperam e desejam de verdade? Qual é a esperança
que nos move?
· Quais são as coisas ou
questões que podem nos distrair daquilo que é fundamental na vida de um
discípulo/a missionário/a de Jesus?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Peça e receba do Senhor
a graça da vigilância ativa, de viver desperto/a, de proceder com honestidade e
gratuidade
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Por onde poderíamos
começar a transformar “espadas em arados” e “lanças em foices”, como nos pede o
profeta Isaías?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite e reze com a canção “Das alturas
orvalhem os céus...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Kj1eMZsnH-I)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 24,37-44
Iniciamos a caminhada do advento com um apelo forte
e inequívoco a viver constantemente vigilantes, pois a manifestação do Reino de
Deus e do Filho do Homem (os sinais e o tempo) não são dados ao conhecimento
antecipado de ninguém. A exortação de Jesus pretende ajudar as comunidades
cristãs, pressionadas por questões internas e externas, a não fracassar no
discipulado missionário.
Jesus recorre a quatro exemplos interpeladores,
tirados da história do judaísmo e da experiência cotidiana. O primeiro vem do
tempo de Noé, quando a maioria das pessoas foi surpreendida pelo dilúvio: elas
estavam desprevenidas e desatentas, ocupadas com as pequenas coisas da
sobrevivência, e não se deram conta das coisas mais importantes que estavam por
acontecer.
O segundo exemplo é tirado da vida camponesa. Mesmo
que os personagens não se deixem levar por falsas pregações, ninguém pode saber
qual deles ficará e qual será levado. O mesmo sentido tem a experiência que
envolve as duas mulheres que estão moendo juntas: ninguém sabe antecipadamente
quem será deixada e quem será levada. É preciso permanecer alertas, ativamente
empenhados.
O quarto exemplo, tomado da experiência social,
traz à cena a experiência de ser roubado: ninguém sabe o momento em que o
ladrão chegará, a chegada dele é certa, e a prevenção é quase impossível.
Também daqui se depreende a necessidade de uma vigilância inteligente e ativa.
A partir dos quatro exemplos apresentados, Jesus
propõe uma conclusão, que é também uma interpelação aos seus discípulos e
discípulas: “Por isso, ficai atentos,
porque não sabeis o dia em que virá Senhor. Também vós ficai preparados, porque
na hora que menos pensais, o Filho do Homem virá”. Nem Jesus sabe a hora...
A advertência de Jesus é dirigida também a nós. Não
permitamos que as compras e viagens natalinas, as polêmicas políticas e os
“humores do mercado” nos distraiam daquilo que é essencial, no natal e na vida:
ser fermento e testemunho de vida nova e solidária.
(Itacir Brassiani msf)
Mensagem do Papa
Francisco
“Quando Jesus nos ensinou a oração do Pai-Nosso, quis que a concluíssemos
pedindo ao Pai que nos livrasse do Maligno. A expressão usada indica um ser
pessoal que nos atormenta. Jesus ensinou-nos a pedir cada dia que o seu poder
não nos domine. Não pensemos que seja um mito, uma representação, um símbolo, uma figura ou uma ideia. Este engano leva-nos a diminuir a
vigilância, a descuidar-nos e a ficar mais expostos. O demônio não precisa
nos possuir; ele envenena-nos com o ódio, a tristeza, a inveja, os vícios. Quando abrandamos a vigilância, ele
aproveita para destruir a nossa vida, as nossas famílias e as nossas
comunidades” (Gaudete et Exsultate, § 160-161).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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