segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 930

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 930

Dia 08/11/2022 | XXXII Semana do tempo Comum | Terça-feira

Evangelho segundo Lucas (17,7-10)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se ouvindo ou cantando “A Palavra está perto de ti...” (aqui:  https://www.youtube.com/watch?v=70ikIPVilyM)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Lucas 17,7-10

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Os discípulos haviam constatado a fraqueza da fé que eles tinham, e haviam pedido que Jesus a aumentasse

·    Hoje, Jesus conta uma parábola que sublinha a dimensão de compromisso incansável e de gratuidade da fé

·    Jesus não quer ensinar que Deus é como um senhor de escravos, mas que os discípulos/as devem servir sem cansar nem exigir

·    Mesmo depois de ter feito tudo sem conseguir resolver tudo, devem dizer: “Somos servos! Fizemos o que devíamos fazer!”

·    Mas isso não significa de modo nenhum que devemos nos resignar e cruzar os braços diante das dificuldades

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Leia e releia a parábola, meditando sobre ela, sem levar em conta o horizonte escravagista no qual a história está situada

·    Como você se sente quando, depois de ter feito tudo o que era possível, não conseguiu bons resultados, nem reconhecimento?

·    Você não acha que às vezes caímos na tentação de exigir méritos, créditos e benefícios de Deus pela vivência da fé?

·    Como nossa fé pode ser luz e força, por exemplo, diante do enorme e indecente problema da pobreza, da fome e da guerra?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Peça ao Senhor a graça de perseverar no amor e no serviço, mesmo contra toda esperança

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que podemos melhorar e mudar em nossas pregações e orações para não esperar de Deus aquilo que ele pede que façamos nós?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Ouça e reze com a canção “Amadurece a cada instante...” (Aqui: https://www.dailymotion.com/video/x7wvjqs)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Breves notas sobre Lucas 17,7-10

Em nosso exercício de meditação de ontem buscávamos um sentido atual para as advertências de Jesus sobre a inevitabilidade e a gravidade dos escândalos no interior das comunidades cristãs. Jesus insiste na necessidade do perdão e da reconciliação, sem os quais a vida comunitária é impossível.

Mas cultivar e manter essa prática não é nada fácil, e leva os discípulos a pedir que Jesus lhes aumente a fé. Somente ela pode nos ajudar a transpor os empecilhos. Depois de ilustrar a força (e não a quantidade) da fé, Jesus conta a parábola de hoje. A história é muito verossímil, pois trata de uma experiência amplamente conhecida e tolerada no mundo escravagista antigo: o escravo deve tudo ao seu dono, e não goza de nenhum direito frente a ele.

Jesus não elogia o patrão, nem compara Deus com um proprietário de escravos. O foco da parábola é a atitude de empenho, serviço e gratuidade que deve caracterizar todas as dimensões da vida dos discípulos e discípulas. A fé é obediência e serviço ativo e desinteressado, sem nenhuma pretensão de cobrar vantagens, dividendos e méritos. A fé nos faz incansáveis no serviço aos outros, não significa apenas esperar um milagre.

Assim foi Jesus, e assim ele espera que sejamos nós, seus discípulos e discípulas. O Concílio Vaticano II já dizia que a fé ilumina a nossa inteligência para que sejamos capazes de criar soluções concretas para os problemas humanos concretos. A fé não pode ser reduzida na aceitação resignada de uma doutrina, ou na crença desesperada que Deus poderá fazer um milagre.

É verdade que há situações para as quais não visualizamos nenhuma solução, e diante delas nos sentimos impotentes e derrotados/as. Muitas vezes perguntamo-nos: Será que vale a pena ser correto e compreensivo, tolerante e engajado, sonhador e construtor de fraternidades sem fronteiras? Nesses casos, depois de tentar tudo com insistência e santa teimosia, podemos dizer: “Fizemos o que devíamos fazer. Somos dispensáveis!” Mas, por isso mesmo, continuamos nossa busca de sentido para viver.

 (Itacir Brassiani msf)

 

Mensagem do Papa Francisco

Por indicação de Paulo, em cada primeiro dia da semana (os cristãos da comunidade de Corinto) recolhiam quanto haviam conseguido poupar e todos foram muito generosos. Como se o tempo tivesse parado naquele momento, também nós, cada domingo, durante a celebração da Santa Missa, cumprimos o mesmo gesto, colocando em comum as nossas ofertas para que a comunidade possa prover às necessidades dos mais pobres (Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, 2022)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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