sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 941

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 941

Dia 19/11/2022 | XXXIII Semana do tempo Comum | Sábado

Evangelho segundo Lucas (20,27-40)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se ouvindo ou cantando “Aquele que vos chamou...” (aqui:  https://www.youtube.com/watch?v=r-U_W25Sypw)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Lucas 20,27-40

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Em Jerusalém, Jesus diz que não tem sentido e é inaceitável transformar um lugar de encontro em aliança em uma espelunca de rapinadores

·    Depois da expulsão dos comerciantes do templo, precedidos pelos sacerdotes e seus espiões, os saduceus contra-atacam mais uma vez

·    Partindo da citação de uma lei que visava assegurar descendentes ao homem, eles criam uma história ridícula para atacar a fé na ressurreição

·    Jesus não deixa seus adversários sem resposta, recorrendo às escrituras aceitas por eles e à própria identidade do Deus no qual eles acreditavam

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Retome esta cena tentando fazer-se presente nela, acompanhando a artimanha dos saduceus e a resposta serena de Jesus

·    Qual é o fundamento e quais são as consequências da nossa fé na ressurreição dos mortos, que faz parte do nosso credo?

·    Será que não alimentamos uma visão ingênua da ressurreição, como se tudo igual ao presente, como se os cadáveres revivessem?

·    Em que medida a nossa fé na ressurreição é uma força que nos leva a arriscar generosamente nossa vida para que todos tenham vida?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Contemple com imaginação o rosto e a vida das pessoas queridas que já partiram, e sinta a força da comunhão com elas

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como evitar que a fé na ressurreição seja uma fuga, ou se confunda com a ideia de reencarnação ou de imortalidade da alma?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Ouça e reze com a canção “Faz de conta...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=r-U_W25Sypw)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Breves notas sobre Lucas 20,27-40

Jesus está em Jerusalém, e já foi ao templo, onde causou um rebuliço. Lá já enfrentara os chefes dos sacerdotes, acusara-os através de uma parábola e desmascarara os espiões deles. Agora são os saduceus que pretendem enredar Jesus com uma questão doutrinal, bem ao gosto deles. Em Lucas, esta é a terceira controvérsia dos saduceus com Jesus.

Os saduceus formavam um grupo teologicamente conservador, agrupando basicamente a elite sacerdotal e as famílias aristocráticas. Eles só reconheciam a validade das leis e tradições escritas nos cinco primeiros livros da bíblia, e não consideravam as tradições posteriores ou orais, que são as que testemunham o desenvolvimento da fé na ressurreição.

Por isso, a questão que eles apresentam a Jesus, baseada nas leis do levirato (cf. Dt 25,5), é uma estratégia para ridicularizar a ressurreição dos mortos, apregoada pelos fariseus e afirmada por Jesus. A lei existe, e se presta a assegurar a descendência masculina, mas o caso é totalmente imaginário e inverossímil.

A resposta de Jesus ao questionamento segue dois caminhos. O primeiro, é um apelo à lógica dos tempos finais, diferente do tempo presente. Quando o ser humano chega à plena comunhão com Deus, não tem mais necessidade da procriação, nem morrem. É isso que significa ser igual aos anjos: estar livre da necessidade de procriar.

A segunda linha de argumento de Jesus é chamar a atenção às próprias escrituras aceitas pelos saduceus. Citando as palavras de Moisés, que fala de Deus como o Deus dos seus antepassados Abraão, Isaac e Jacó. Se eles estão mortos, Deus seria um Deus dos mortos, ou um Deus morto.

Mas as duas linhas de argumento de Jesus têm um só fundamento: a natureza ou identidade de Deus. A fé na ressurreição é uma aposta no poder de Deus, que cria e recria. A ressurreição não é uma ou possibilidade inscrita no ser humano ou uma coisa fisicista (questão antropológica) mas baseada no poder de Deus (questão teológica).

 (Itacir Brassiani msf)

Mensagem do Papa Francisco

A palavra de Jesus é clara. Se quisermos que a vida vença a morte e que a dignidade seja resgatada da injustiça, o caminho a seguir é o d’Ele: é seguir a pobreza de Jesus Cristo, partilhando a vida por amor, repartindo o pão da própria existência com os irmãos e irmãs, a começar pelos últimos, por aqueles que carecem do necessário, para que se crie a igualdade, os pobres sejam libertos da miséria e os ricos da vaidade, ambos sem esperança (Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, 2022).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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