terça-feira, 15 de novembro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 938

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 938

Dia 16/11/2022 | XXXIII Semana do tempo Comum | Quarta-feira

Evangelho segundo Lucas (19,11-28)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se ouvindo ou cantando “Aquele que vos chamou...” (aqui:  https://www.youtube.com/watch?v=r-U_W25Sypw)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Lucas 19,11-28

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    O encontro de Zaqueu com Jesus abre a porta para uma vida honrada e solidária, de partilha e reparação do mal feito

·    É desse modo que Deus reina: acolhendo os marginalizados, abrindo a todos as portas da vida

·    Mas há aqueles que esperam uma manifestação grandiosa e espetacular do Reino de Deus

·    Jesus conta essa parábola para enfatizar que o Reino de Deus deve ser esperado realizando-o, na compaixão e na misericórdia

·    Quem não o faz, está enganado com Deus e com seu Reino, deve deixar a liderança e “pagar aluguel do nome de cristão”

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Acompanhe esta cena – que não é parábola ou história inventada – passo a passo, gesto a gesto, palavra por palavra

·    Perceba Jesus se dirigindo a você, pedindo que você “desça” dos pedestais e títulos para um encontro íntimo na sua “casa”

·    Que atitudes você precisa tomar para corresponder à humanidade misericordiosa de Jesus?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Reze a oração que Jesus nos ensinou, pronunciando lentamente cada expressão e percebendo como se relaciona com o Reino

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que fazer para superar a passividade diante da missão que o Senhor nos confia na transformação do mundo?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Ouça e reze com a canção “Faz de conta...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=r-U_W25Sypw)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Breves notas sobre Lucas 19,11-28

Esta parábola de Jesus é apresentada por Lucas na sequência da cena de Zaqueu e no finalzinho da caminhada de Jesus a Jerusalém. A aproximação da capital e do templo suscita nos discípulos a pergunta pela possibilidade de uma manifestação gloriosa e poderosa do Reino de Deus. “Alguns pensavam que o Reino de Deus chegaria logo”, diz o evangelista.

Para curar a “febre escatológica” que contaminava parte dos discípulos/as, e para desmontar uma expectativa apocalíptica e triunfalista, Jesus recorre a uma parábola. Nela, Jesus chama a atenção para a figura do homem nobre que viaja para ser coroado e também para a figura do último empregado.

Os empregados são dez, e todos recebem 100 moedas de prata para administrar. O homem nobre coroado rei não pediu nada mais. Na sua volta, apenas três empregados são citados. O primeiro revela que fez o valor recebido se multiplicar por dez. O segundo, o fez render cinco vezes mais. O terceiro devolveu apenas as 100 moedas.

Mas há também um grupo de concidadãos que se manifestam contra a coroação, e acabam atraindo sobre si a ira do rei. O terceiro empregado age guiado pelo medo, porque o rei seria muito severo e exigente. Mas o rei não é severo nem exigente, pois não cobra nada, não toma de volta o que confiou aos empregados e ainda confia àqueles que foram ativos o governo de um conjunto de cidades!

A figura do rei representa Jesus, que vai a Jerusalém para ser coroado, não exatamente como rei, mas para ser contestado em sua liderança. Seu reino se manifesta na acolhida de todas as pessoas como filhas de Abraão, na cura de doenças, na integração dos excluídos. E cabe aos discípulos/as, segui-lo e fazer o que ele fez.

A punição mais dura é reservada àqueles que rejeitam que rei governe sobre eles, enquanto que o servo medroso e preguiçoso apenas perde a confiança e a missão a ele encomendada, porque, acorrentado pelo medo, não obedeceu e não foi fiel. Quanto mais fiéis formos à missão, mais crescemos na comunhão com Jesus.

 (Itacir Brassiani msf)

Mensagem do Papa Francisco

Pobreza libertadora é aquela que se nos apresenta como uma opção responsável para alijar tudo quanto há de supérfluo e apostar no essencial. De fato, pode-se identificar facilmente o sentido de insatisfação que muitos experimentam, porque sentem que lhes falta algo de importante e andam à sua procura como extraviados sem rumo. Desejosos de encontrar o que os possa saciar, precisam de ser encaminhados para os humildes, os frágeis, os pobres para compreenderem finalmente aquilo de que tinham verdadeiramente necessidade (Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, 2022).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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