REFLEXÕES BÍBLICAS E ORAÇÕES (3)
Denúncia 2: Eu não tenho marido (João 4,17)
Textos: 2Reis 17,24-34; Salmo 139,1-12; Rm 7,1-4; Jo 4,16-19
Comentário
A mulher
samaritana responde a Jesus: “Eu não tenho marido.” O assunto da conversa agora
é a vida conjugal da mulher. Há uma mudança de termos no conteúdo do diálogo –
da água para o marido: “Vai, chama o teu marido e volta aqui” (Jo 4,16). Mas
Jesus sabe que a mulher tinha tido cinco maridos e que o homem que ela tem
agora não é seu marido.
Qual é a
situação da mulher? Seu marido pediu divórcio? Ela era viúva? Tinha
filhos? Essas perguntas surgem naturalmente quando lidamos com essa
narrativa. No entanto, parece que Jesus estava interessado em outra dimensão da
situação da mulher; ele tem conhecimento da vida da mulher mas permanece aberto
a ela, vai ao seu encontro.
Jesus não
insiste numa interpretação moral da resposta dela, mas parece querer conduzi-la
para além disso. E, como resultado, a atitude da mulher em relação a Jesus
muda. A essa altura, os obstáculos de diferenças culturais e religiosas ficam
para trás para dar espaço a algo muito mais importante: um encontro em
confiança.
O
comportamento de Jesus nesse momento nos permite abrir novas janelas e levantar
outras questões: questões que desafiam as atitudes que desmoralizam e
marginalizam mulheres e também questões sobre as diferenças que permitimos que
se coloquem como bloqueio no caminho da unidade que buscamos e pela qual
oramos.
Questões
1. Quais são as estruturas de pecado que
podemos identificar em nossas comunidades?
2. Qual é o lugar e o papel das mulheres em
nossas comunidades?
3. O que podem fazer as nossas Igrejas para
prevenir e superar a violência contra mulheres e meninas?
Oração
Tu que estás em todas as
coisas, como podemos te chamar por qualquer outro nome? Que canção poderíamos
cantar para Ti? Palavras não podem te descrever. Que espírito pode te perceber?
Nenhuma inteligência pode te compreender. Só Tu não podes ser descrito; tudo
que de Ti é dito vem de Ti. Só Tu estás além do que podemos
conhecer; tudo o que sabemos vem de Ti. Todas as criaturas Te proclamam,
as que falam e as que são mudas. Todos te desejam, todos suspiram e aspiram por
Ti. Tudo o que existe ora para Ti, e todo ser que pode contemplar teu universo
dedica a Ti um hino silencioso. Tem piedade de nós, tu que estás além de todas
as coisas. Como te poderíamos chamar por qualquer outro nome? Amém. (Atribuída a Gregório Nazianzeno)
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