terça-feira, 2 de novembro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 560

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 560

Dia 03/11/2021 | 31ª Semana Comum | Quarta-feira

Evangelho segundo Lucas (14,25-33)

(1)    Coloque-se em atitude de oração  

·          Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·          Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·          Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·          Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·          Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·          Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·          Prepare-se cantando o mantra: Alma missionária” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ojebAa9yR6I)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·          Leia com toda a atenção o texto de Lucas 14,25-33

·          Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·          Jesus dissera que a vontade de Deus é que a mesa do Reino fique cheia, que nela sejam recebidos os pobres excluídos

·          Hoje ele sublinha que não se pode aderir à novidade do Reino pela metade, mantendo compromissos com a velha ordem

·          Quem se coloca no seu caminho deve fazer bem as contas, para que não comece uma obra que ficará pela metade ou fracassará

·          No centro de tudo, está a liberdade e o desapego em relação às riquezas e todas as estruturas que as mantém e multiplicam, inclusive o modelo de família patriarcal

·          O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·          A maioria de nós iniciou a caminhada da fé cristã sem reflexão e consciência sobre as exigências que ela comportaria

·          O que tínhamos presente era apenas um conjunto de obrigações e proibições de ordem moral, que não tocavam nos bens

·          Hoje, com a aguda consciência que temos, precisamos renovar essa opção avaliando bem os custos e as nossas possibilidades

·          O que é que está nos pressionando mais e tornando menor nossa adesão ao Evangelho, dificultando a nossa perseverança?

·          Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·          Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·          Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·          Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·          Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·          Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·          Faça sua a oração sincera, pedindo que o Pai melhore seu engajamento no Reino e os obstáculos a uma perseverança consequente e generosa

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·          Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·          Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·          Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·          O que fazer para ajudar nossas comunidades a perseverar e aprofundar sua adesão ao Evangelho em tempos de eleições?

·          Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·          Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·          Recite ou cante a invocação: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao teu!”

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Ouça, assista, medite e reze com a canção “Se meu irmão me estende a mão” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=cqeardhjcrw)

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

 

Pistas sobre Lucas14,25-33

A ligação desta cena com a anterior parece ser as desculpas da elite religiosa e econômica para não aceitar o convite à festa do Reino: “Acabei de casar e, por isso, não posso ir; comprei um campo, e preciso ir vê-lo; comprei cinco juntas de boi, e vou experimentá-las”. Os interesses individuais parecem ser álibi suficiente para não se engajar na obra de Deus e não participar daquilo que é bem comum.

Diante de uma relativa multidão que manifesta interesse por ele, Jesus volta a enfatizar a prioridade do Reino de Deus sobre vínculos familiares e interesses pessoais, pedindo que cada um avalie os riscos e as exigências do seguimento de Jesus, a fim de “não fazer feio” e “cair fora” logo depois de ter iniciado com entusiasmo.

Para deixar isso bem claro diante de todos, Jesus recorre a duas parábolas: a construção de uma torre; a preparação para uma batalha. Em ambos os casos, o sujeito deve analisar bem os recursos e forças que dispõem, fazer os cálculos e discernir se consegue levar a obra ou a luta até o fim.

Jesus já havia advertido seus discípulos sobre o risco de sofrer uma morte violenta e ignominiosa, inclusive em nome da religião. É como se agora ele quisesse dizer aos candidatos a discípulo/a: segui-lo é uma decisão muito comprometedora, na qual se entra na omelete não como a galinha (dando os ovos) mas como o porco (dando a carne).

É claro que, com essas parábolas, Jesus não pretende desencorajar os/as discípulos/as. O que ele quer é advertir-nos que não é possível aderir ao Reino de Deus pela metade, que a perseverança pressupõe uma decisão lúcida e consciente, contando com as renúncias e riscos.

O evangelista conhecia a inconstância e os sinais de retrocesso das comunidades diante das dificuldades reais que estavam enfrentando. O núcleo dos perigos era o apego às riquezas, das quais a família patriarcal era um dos elos importantes. Por isso, lembrará o exemplo de Zaqueu.

 (Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

Os pobres de qualquer condição e latitude evangelizam-nos, porque permitem descobrir de modo sempre novo os traços mais genuínos do rosto do Pai. Eles têm muito para nos ensinar. Além de participar do sensus fidei, nas suas próprias dores conhecem Cristo sofredor. É necessário que todos nos deixemos evangelizar por eles”. (Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, 2021)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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