segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A Palavra na vida

(Mt 8,5-11) Do oriente e do ocidente, de onde não se espera chegam aqueles que crêem. Fora dos circuitos, fora do mundo judaico. O Advento nos prepara mais uma vez à surpresa de um Deus que se faz acessível, que vem para deixar-se encontrar. Um Deus que é reconhecido exatamente por aqueles que todos pensavam que estavam longe da fé. Um Deus encontrável por quem, como o centurião romano, tem um coração às necessidades do seu empregado e o trata como se fosse um filho. A fronteira entre quem crê e quem não crê não passa mais pelas questões de raça ou de etnia, mas se mostra nas atitudes. Jesus elogia e propõe como exemplo a fé do inimigo histórico, do adversário opressor. Assim, rompe os estereótipos, alarga os horizontes, obriga a repensar o próprio conceito de pertença a uma religião. Iniciou, amigos e amigas, o Advento, o tempo que nos desafia a perguntarmo-nos o que nos faz verdadeiramente crentes. Neste tempo novo, tempo de sair do pântano dos hábitos arraigados e das muitas coisas dadas por descontadas, estejamos atentos/as a não sentirmo-nos demasiadamente em casa, católicos/as de longa experiência, crentes por tradição e hábito. O tempo novo que estamos vivendo nos chama a estar alertas, a redescobrir seriamente a nossa fé. Tomemos a sério o modelo do centurião pagão... Senhor Jesus, filho de Deus, assumindo a nossa humanidade te dignaste entrar na nossa vida. Não tiveste medo da nossa fraqueza. Não tiveste receio da fragilidade da nossa carne. Vem morar no meio de nós. Vem purificar nosso coração. Vem nos libertar do pecado. Vem, Senhor Jesus, vem nos salvar! (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, dezembro/2013, p. 36-37)

Nenhum comentário: