(Mt 8,5-11) Do oriente e do ocidente, de onde não se espera chegam
aqueles que crêem. Fora dos circuitos, fora do mundo judaico. O Advento nos
prepara mais uma vez à surpresa de um Deus que se faz acessível, que vem para
deixar-se encontrar. Um Deus que é reconhecido exatamente por aqueles que todos
pensavam que estavam longe da fé. Um Deus encontrável por quem, como o centurião
romano, tem um coração às necessidades do seu empregado e o trata como se fosse
um filho. A fronteira entre quem crê e quem não crê não passa mais pelas
questões de raça ou de etnia, mas se mostra nas atitudes. Jesus elogia e propõe
como exemplo a fé do inimigo histórico, do adversário opressor. Assim, rompe os
estereótipos, alarga os horizontes, obriga a repensar o próprio conceito de
pertença a uma religião. Iniciou, amigos e amigas, o Advento, o tempo que nos desafia
a perguntarmo-nos o que nos faz verdadeiramente crentes. Neste tempo novo,
tempo de sair do pântano dos hábitos arraigados e das muitas coisas dadas por
descontadas, estejamos atentos/as a não sentirmo-nos demasiadamente em casa,
católicos/as de longa experiência, crentes por tradição e hábito. O tempo novo
que estamos vivendo nos chama a estar alertas, a redescobrir seriamente a nossa
fé. Tomemos a sério o modelo do centurião pagão... Senhor Jesus, filho de Deus, assumindo a
nossa humanidade te dignaste entrar na nossa vida. Não tiveste medo da nossa
fraqueza. Não tiveste receio da fragilidade da nossa carne. Vem morar no meio
de nós. Vem purificar nosso coração. Vem nos libertar do pecado. Vem, Senhor
Jesus, vem nos salvar! (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, dezembro/2013,
p. 36-37)
Nenhum comentário:
Postar um comentário