segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A Palavra na vida

(Lc 1,67-79) Chegou o momento esperado. Chegamos! Estamos na véspera do Natal. Não sei como você passará esta noite. Infelizmente, nas últimas décadas o Natal nos foi roubado (é verdade que nós, os cristãos, também fizemos algo para que ele fugisse das nossas mãos...) e nos está sendo devolvido irreconhecível. A festa dos bons sentimentos, da amizade, da família, do perú, do panetone e do pinheirinho iluminado... O que tem a ver o papai-noel com o Menino Jesus? O simpático e rechonchudo velhinho cada vez mais avança, vestido de vermelho para lembrar a famosa bebida gasosa que o inventou e o patrocina. E agora nos encontramos totalmente mergulhados nessa onda e, se não vivemos de uma forma falsamente ideal como aquela que nos mostram as imagens da publicidade, fazemos parte daquela parte da população que vive o Natal com um sentimento de peso interior (porque estão sozinhos, porque vivem um ambiente familiar difícil, porque são idosos, porque não vislumbram um futuro), e isso tudo se torna uma dor muito grande... Para muita gente, o Natal é dolorido! Então façamos como Zacarias: depois de um longo silêncio, tentemos louvar a Deus, procuremos ver na história aquilo que está bem, mesmo se, talvez, a nossa história pessoal não tem sido uma grande coisa... Assim talvez o Natal não será pesado e não nos fará mal... Senhor, te pedimos pelo mundo de hoje, cada vez mais complexo. Ilumina os responsáveis pelas nações, para que não cansem de dialogar e busquem juntos vias de saída para as crises que nos golpeiam – crise financeira, crise energética, crise alimentar, crise ética – e assim ajudem os povos a viver com dignidade e a conviver pacificamente. (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, dezembro/2013, p. 162; 156)

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