(Lc 1,67-79) Chegou o momento esperado. Chegamos! Estamos na véspera
do Natal. Não sei como você passará esta noite. Infelizmente, nas últimas
décadas o Natal nos foi roubado (é verdade que nós, os cristãos, também fizemos
algo para que ele fugisse das nossas mãos...) e nos está sendo devolvido irreconhecível.
A festa dos bons sentimentos, da amizade, da família, do perú, do panetone e do
pinheirinho iluminado... O que tem a ver o papai-noel com o Menino Jesus? O
simpático e rechonchudo velhinho cada vez mais avança, vestido de vermelho para
lembrar a famosa bebida gasosa que o inventou e o patrocina. E agora nos encontramos
totalmente mergulhados nessa onda e, se não vivemos de uma forma falsamente
ideal como aquela que nos mostram as imagens da publicidade, fazemos parte
daquela parte da população que vive o Natal com um sentimento de peso interior
(porque estão sozinhos, porque vivem um ambiente familiar difícil, porque são
idosos, porque não vislumbram um futuro), e isso tudo se torna uma dor muito
grande... Para muita gente, o Natal é dolorido! Então façamos como Zacarias:
depois de um longo silêncio, tentemos louvar a Deus, procuremos ver na história
aquilo que está bem, mesmo se, talvez, a nossa história pessoal não tem sido
uma grande coisa... Assim talvez o Natal não será pesado e não nos fará mal... Senhor, te pedimos pelo mundo de hoje, cada vez mais
complexo. Ilumina os responsáveis pelas nações, para que não cansem de dialogar
e busquem juntos vias de saída para as crises que nos golpeiam – crise financeira,
crise energética, crise alimentar, crise ética – e assim ajudem os povos a
viver com dignidade e a conviver pacificamente. (Paolo
Curtaz, Parola & Preghiera, dezembro/2013, p. 162; 156)
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