Ano A Roteiro de Leitura Orante do
Evangelho Nº 1004
Dia 20/01/2023
| 2ª Semana do Tempo Comum | Sexta -feira
Evangelho
segundo Marcos (3,13-19)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se ouvindo a canção “Te
amarei, Senhor” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=fdpQv1d7y2k)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Marcos 3,13-19
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Jesus
tem consciência de que a missão precisa de mais gente, e por isso, constitui um
grupo especial entre os seus discípulos/as
· Este
grupo, chamado de “os doze” é criado para ficar com Jesus, assimilar seu modo
de ser e participar ativamente da sua missão
· É
uma espécie de comunidade alternativa, de nova família, de grupo de resistência
e inovação a serviço do Reino de Deus
· Este
grupo é também simbólico e político, pois desautoriza e substitui os escribas e
fariseus, e é o germe do novo povo de Deus
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Contemple
a cena: o nome dos discípulos chamados, os novos nomes que alguns recebem, a
missão que lhes é confiada
· Participe
da cena, subindo à montanha com Jesus e seus discípulos, ouvindo seu nome entre
os chamados e enviados
· O
que significa concretamente e hoje, para você e sua família, ser chamado/a por
Jesus para “ficar com ele” e ser enviado em missão?
· Quem
é que, em determinadas situações, acaba sendo sucessor de Judas Iscariotes,
aquele que traiu Jesus, sua confiança e sua missão
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Faça
memória da sua vida passada e suas responsabilidades presentes, e louve a Deus
pela confiança que ele e a Igreja depositam em você
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Que
passos e que atitudes nossas comunidades eclesiais devem assumir para escolher
aqueles/as que têm o carisma para animá-las e dirigi-las?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, que vens a nós na família de Nazaré, mantém nossa comunidade generosa
e criativa na fé!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite a canção “Tu vieste à margem do lago”
(Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=QgER5JFSpII&t=3s)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Marcos 3,13-19
Ontem vimos que
Jesus pede que estendamos a mão a ele para que sejamos curados, para que nossa
mão se estenda para servir gratuitamente quem precisa, para lutar por causas
justas e humanas. Mas ele espera também que tenhamos a corajosa liberdade de
enfrentar e desmascarar os sistemas que oprimem os pobres, inclusive usando o
nome de Deus.
Depois de atender
as necessidades de muita gente, Jesus começa a se ocupar mais com a
evangelização e ensino e a formação dos seus discípulos. Ao redor de Jesus,
aparecem dois grupos: as multidões, que buscam ajuda; os discípulos, que o
seguem como mestre. Jesus tem consciência de que a missão de anunciar e
promover o Reino de Deus precisa de mais gente para se estender no tempo e no
espaço.
Chamando um grupo
de doze entre os muitos discípulos/as, Jesus constitui uma comunidade para
encarnar e prosseguir sua missão, um núcleo visível do Reino de Deus, uma nova
família convocada a viver de modo alternativo e contracorrente. A nova aliança
de Jesus é protagonista gera um povo novo e pede uma nova liderança, diferente
dos fariseus, sacerdotes e escribas. Com este chamamento e essa constituição,
Jesus rejeita e descarta os velhos líderes.
Na verdade, o
grupo dos doze é uma espécie de comitê revolucionário, de governo em situação
de exílio, de comunidade de resistência e alternativa na construção de um outro
mundo. É uma espécie de confederação de tribos, baseada em laços de
solidariedade e não de sangue, e que substitui a confederação das tribos de
Israel, criada depois do êxodo.
O grupo dos doze
apóstolos não está fechado, nem acima do círculo dos demais discípulos/as. Sua
identidade e missão é estar próximo de Jesus para assimilar seu modo de ser e,
quando isso estiver consolidado, ser enviado para pregar a novidade e a
liberdade do Reino de Deus, com a autoridade e a coerência de Jesus, inclusive
a com a capacidade de expulsar demônios, que é a libertação da dominação
interiorizada. Não podemos esquecer que a missão de evangelizar é um confronto
com os poderes estabelecidos.
(Itacir Brassiani msf)
Mensagem do Papa Francisco
“A humildade só se pode enraizar no coração através das humilhações. Sem
elas, não há humildade nem santidade. Se não fores capaz de suportar e oferecer
a Deus algumas humilhações, não és humilde nem estás no caminho da santidade. A
santidade que Deus dá à sua Igreja, vem através da humilhação do seu Filho:
este é o caminho. A humilhação faz-te semelhante a Jesus, é parte iniludível da
imitação de Jesus. Ele, por sua vez, manifesta a humildade do Pai, que Se
humilha para caminhar com o seu povo, que suporta as suas infidelidades e
murmurações. Por este motivo os Apóstolos, depois da humilhação, estavam
«cheios de alegria, por terem sido considerados dignos de sofrer vexames por
causa do Nome de Jesus” (Gaudate et Exsultate, § 118).
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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