Ano A Roteiro de Leitura Orante
do Evangelho Nº 989
Dia 06/01/2023
| Tempo do Natal | Sexta-feira
Evangelho
segundo Marcos (1,7-11)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se ouvindo o “Prólogo” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=3WpxcjYOKRM)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Marcos 1,7-11
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Continuamos
no ciclo do Natal, na semana que antecede a solenidade da manifestação do
Senhor (festa dos reis magos)
· No
início da sua missão pública, Jesus se mistura com o povo que vai a João para
manifestar seu desejo de conversão e vida nova
· Em
meio a esse povo cansado e desprezado, Jesus faz a experiência de ser, com
eles, filho amado, a alegria do Pai
· O
céu está aberto, Deus continua seu diálogo de amor com seu povo e envia Jesus
como aquele que veio selar uma aliança nova
· Mas
o batismo de Jesus, em que pese seu valor simbólico, não causa nenhuma reação
no grupo de pessoas que estava com ele no rio
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Releia
o texto com a imaginação, colocando-se no meio do povo e com Jesus, diante de
João, nas margens do rio Jordão
· Procure
perceber a experiência interior de Jesus, o que ele vai percebendo e
descobrindo em meio aos pecadores
· Percebemos
com clareza que, com o nosso batismo, deixamos de servir aos poderes do mundo
para servir a Deus e à sua vontade?
· Como
entender que, apagando nossos pecados, o batismo nos leva ao encontro dos
pecadores, dos pobres e dos marginalizados?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Tente
recordar as pessoas que estiveram presentes no seu batismo e reze por elas,
pedindo também pela sua própria fidelidade
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O
que podemos fazer para que a força simbólica do batismo cristão não seja
reduzida a algo como “apagar o pecado original”?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, que vens a nós na família de Nazaré, mantém nossa comunidade generosa
e criativa na fé!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite a canção “Quando a gente encontra Deus”
(Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=34xskKb02q0)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Marcos 1,7-11
Marcos não dá nenhuma informação sobre a origem e a
infância de Jesus. Pelo início do seu evangelho, sabemos que ele vinha de um
lugar desconhecido e que, depois do encontro com João e do retiro no deserto,
voltara para a Galileia. Jesus não pertence a uma linhagem relevante, suas
raízes se perdem na insignificante Nazaré, e sua identidade se confunde com o
povo suspeito da Galileia.
O evangelista dedica à descrição do batismo de
Jesus apenas três versículos. Não houve tempo nem lugar especial para este rito
realizado por João: aquele tempo e aquele lugar reunia os pecadores, e Jesus
entrou na fila com eles. Ao redor, ninguém viu nada de especial no seu batismo,
nem mesmo João Batista. Só Jesus “viu o céu se resgando”, o Espírito descendo
“como pomba”.
É também somente Jesus que ouve uma voz que vem do
céu aberto: “Tu és meu filho amado; em ti encontro o meu agrado”. Ao que parece
que não há nenhuma reação na pequena multidão que está ao seu redor. O que
teria realmente acontecido, e o que o batismo teria significado para aquele
jovem galileu? Não esqueçamos que o batismo de João não somente não era
necessário para a salvação, como era também suspeito e objeto de crítica.
O batismo teve para Jesus o sentido que tinha para
João. Este rito, realizado longe do templo e sob o olhar de suspeita das suas
lideranças, representava o cancelamento dos débitos do povo em relação a Deus:
quem era batizado na água se desobrigava frente aos valores e estruturas do
sistema judaico. Era um grito de liberdade e a proclamação de uma nova
lealdade. Ao mesmo tempo, expressava o desejo de preparar os caminhos para o
encontro com Deus, e a expectativa de que algo novo e bom estava para
acontecer.
É nesse horizonte que Jesus percebe que o céu está
aberto, que Deus não dá as costas ao seu povo sofrido e fiel. A força
recriadora de Deus fiel aparece em forma de pomba, e ele entende que é o filho
querido que muito agrada a Deus. Jesus se descobre filho ungido para
se opor aos poderosos da terra (cf. Sl 2)e servo fiel para
carregar os pecados do mundo e as dores dos oprimidos (cf. Is 42).
(Itacir Brassiani msf)
Mensagem do Papa Francisco
“Da experiência da pandemia brotou mais forte a
consciência que convida a todos, povos e nações, a colocar de novo no centro a
palavra "juntos". Com efeito, é juntos, na fraternidade e
solidariedade, que construímos a paz, garantimos a justiça, superamos os
acontecimentos mais dolorosos. As respostas mais eficazes à pandemia foram
aquelas que viram grupos sociais, instituições públicas e privadas,
organizações internacionais... unidos para responder ao desafio, deixando de
lado interesses particulares. Só a paz que nasce do amor fraterno e desinteressado nos pode ajudar a
superar as crises pessoais, sociais e mundiais” (Mensagem para o Ano Novo, 2023).
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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