Ano A Roteiro de Leitura Orante do
Evangelho Nº 1000
Dia 16/01/2023
| 2ª Semana do Tempo Comum | Segunda-feira
Evangelho
segundo Marcos (2,18-22)
(1)Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se ouvindo a canção “Te
amarei, Senhor” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=fdpQv1d7y2k)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Marcos 2,18-22
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Depois
do debate sobre as relações de acolhida e respeito entre discípulos e
pecadores, Jesus é provocado sobre o jejum
· Os
fariseus e os discípulos de João haviam radicalizado o jejum: a lei pedia uma
vez por ano, mas eles o faziam duas vezes por semana
· Para
Jesus, a novidade radical do Reino de Deus – a fraternidade sem fronteiras e a
compaixão de Deus – não cabe no jejum
· O
Reino de Deus inaugurado por ele é alegria e celebração agradecida por um Deus
que nunca esquece sua compaixão
· Reduzir
a novidade cristã a velhas práticas legais seria como pôr um remendo de pano
bom numa roupa completamente esgarçada
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Contemple
a cena: os personagens; o questionamento sobre seus discípulos e a resposta de
Jesus; as duas comparações que ele usa
· De
onde vem a insistência de nossas Igrejas com as penitências e jejuns e a
dificuldade de viver a alegria do Reino de Deus?
· O
que precisamos fazer, nós e nossas comunidades eclesiais, para não remendar
velhas práticas e ideologias com o Evangelho?
· Como
poderíamos expressar e celebrar a alegria pela aliança de Deus com a
humanidade, que produz vida abundante para todos?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Louve a Deus, com palavras simples que brotam da sua vida, o vinho novo
que a meditação do Evangelho vem propiciando a você
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como poderíamos evitar que a novidade da vida de Jesus e seu Evangelho
seja sequestrada por morais arcaicas e rígidas?
(6)Retorne à vida
cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, que vens a nós na família de Nazaré, mantém nossa comunidade generosa
e criativa na fé!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite a canção “Tu vieste à margem do lago”
(Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=QgER5JFSpII&t=3s)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Marcos 2,18-22
A passagem que
meditamos no último sábado apresentava o questionamento dos fariseus diante do
fato de Jesus e seus discípulos se sentarem à mesa lado a lado com pecadores de
diversos tipos. O texto de hoje continua com o tema da refeição, mas o questionamento
de alguns observadores críticos é sobre o jejum.
Eles observam os
discípulos de Jesus e perguntam por que eles não jejuam, enquanto os fariseus e
os discípulos de João praticam esta regra de piedade. Na verdade, a lei de
Moisés obrigava o fiel a jejuar apenas uma vez por ano (na festa da expiação),
mas o grupo dos fariseus praticava o jejum, voluntariamente duas vezes por
semana.
Nesta discussão,
o que está em questão é o caminho prático que nos leva à santidade, ou à
pureza: a penitência expressa no jejum ou o Reino de Deus, que se mostra na
alegria da fraternidade? Como no episódio de sábado (cf. Mc 2,13-17), o
questionamento se dirige ao comportamento dos discípulos, mas a intenção é
atingir o mestre.
Para Jesus, o
problema não é o jejum em si mesmo, mas o lugar que lhe dão os fariseus na
prática da fé. Ademais, Jesus discute o lugar que o jejum ocupa no tempo
especial que eles vivem com a chegada do Reino de Deus. Ninguém jejua numa
festa de casamento, mas come e bebe, participando da alegria dos noivos! E este
é o momento que vivem os discípulos: Jesus é o noivo que, em nome de Deus,
assina a aliança de compromisso com a humanidade.
Para Jesus, o
jejum exagerado que os fariseus praticavam e ensinavam não passava de um belo
remendo de pano novo numa roupa velha. E o seguimento de Jesus na perspectiva
solidária do Reino de Deus não cabia no velho barril daquela piedade social
sofisticada e mortificadora. Repetir essas práticas seria como que colocar em
risco a liberdade do Reino de Deus.
Jesus não veio
pedir para que multipliquemos promessas e ave-marias, nem para implorar ofertas
e jaculatórias, menos ainda para pedir para queimar velas e mais velas, mas
para solicitar a nossa participação na solidária e inclusive caravana da vida
nova.
(Itacir Brassiani msf)
Mensagem do Papa Francisco
“Não tenhas
medo da santidade. Não te tirará forças, nem vida nem alegria. Muito pelo contrário, porque chegarás a ser o que o Pai pensou quando
te criou e serás fiel ao teu próprio ser. Depender d’Ele liberta-nos das
escravidões e leva-nos a reconhecer a nossa dignidade. Isto vê-se em Santa
Josefina Bakhita, que, escravizada e vendida como escrava, sofreu muito nas
mãos de patrões cruéis. Apesar disso compreendeu a verdade profunda que Deus, e
não o homem, é o verdadeiro Patrão de todos os seres humanos, de cada vida
humana. Esta experiência torna-se fonte de grande sabedoria para esta humilde
filha da África” (Gaudate et Exsultate, § 22).
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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