Ano A Roteiro de Leitura Orante
do Evangelho Nº 992
Dia 09/01/2023
| 1ª Semana do Tempo Comum | Batismo de Jesus
Evangelho
segundo Mateus (3,13-17)
(1)Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se ouvindo a canção “Banhados
em Cristo” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=nUr4jRucEcY&t=53s)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 3,13-17
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Estamos
iniciando o tempo litúrgico chamado comum, e a solenidade do batismo de Jesus
registra esse começo
· A
cena do batismo de Jesus é muito mais que um exemplo que ele nos deixou, ou o
cumprimento de uma obrigação religiosa
· O
batismo oferecido pelo profeta João não fazia parte da iniciação ao judaísmo e
era visto com suspeita pelas autoridades do templo
· No
batismo, Jesus se identifica com os pecadores e todas as pessoas que desejam
preparar caminhos para os novos céus e a nova terra
· Assim
Jesus cumpre toda a justiça, e “entende” que, como ele, os pecadores que o
cercam não causam a ira mas o prazer de Deus
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Releia
o texto lentamente, detendo-se nos sinais e nos personagens, naquilo que falam
e fazem, nas atitudes que revelam
· Qual
seria a razão da resistência de João Batista quando vê Jesus em meio aos
pecadores, buscando seu batismo?
· Qual
é o significado do cumprimento pleno da justiça no tempo de Jesus e em nosso
tempo?
· Será
que o batismo continua despertando nos cristãos a consciência de serem filhos
de Deus e irmãos sem distinção ou discriminação?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Recorde
seu batismo, os pais e padrinhos que o levaram ao encontro de Jesus, e reze
pedindo a Deus a graça da fidelidade
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Por
onde começar para resgatar e apresentar hoje o sentido cristológico e cristão
do batismo?
(6)Retorne à vida
cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, que vens a nós na família de Nazaré, mantém nossa comunidade generosa
e criativa na fé!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite a canção “Sim, eu quero” (Acessível
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=c1gRNVFCdFM)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 3,13-17
Os doutores da
lei ensinavam que os incontáveis pecados do povo ignorante suscitavam a ira de
Deus, que havia fechado o céu e bloqueado sua comunicação com a humanidade. E a
lei e os costumes judaicos diziam que só o templo e seus agentes poderiam lavar
culpas e perdoar pecados. Fora do templo e suas taxas não poderia haver
salvação!
João Batista
contraria estas prescrições e práticas: proclama que Deus não cobra nada para
perdoar; anuncia que a água abundante do rio Jordão lava as culpas que pesam sobre
as costas dos mais pobres. Como os magos mostraram no natal, João recorda que
os caminhos da graça de Deus não passam por Jerusalém e pelo templo.
Uma multidão de
gente vergada sob o peso de uma pesada canga de leis e condenações acorre a
João. Gente humilde e humilhada, pobre e empobrecida, ignorante e ignorada, com
fome de tudo: de pão, de justiça, de graça, de acolhida, de cidadania. Muitos
habitantes de Jerusalém, da Judéia e da região, cansados de penar e sedentos de
um Deus diferente, saem à procura do Profeta de hábitos simples e palavras
exigentes.
Jesus deixa a
Galileia e vai à procura de João Batista em meio a essa gente, na mesma fila,
com os mesmos sentimentos. Ele também deseja endireitar caminhos, nivelar
colinas, mudar as coisas. Ele quer deslocar o centro para a periferia e a
periferia para o centro. Jesus sabia que do templo não poderia vir nada de novo
e nada de bom. Seu batismo é participação solidaria nas tentativas, buscas e
sonhos do seu povo.
João percebe que
está em curso uma inversão revolucionária. Mas percebe também que a justiça não
pode ser realizada parcialmente. A encarnação de Deus deve atingir a humanidade
em sua dimensão mais profunda. Com seu batismo, Jesus Cristo manifesta ao mundo
a compaixão de Deus, assumindo o lugar dos últimos.
É por isso que a
voz do Pai diz que este filho é quem lhe agrada e dá prazer. Deus é compaixão
e complacência! E isso porque Jesus passa pelo mundo fazendo o bem, mostrando
que Deus não discrimina pessoas e povos, e o faz assumindo o papel de Servo.
Ele revela a paternidade de Deus recriando os vínculos de fraternidade,
começando pelas vítimas. Bem diferente do porta-voz do rei, que anunciava suas
más notícias quebrando canas e apagando velas.
(Itacir Brassiani msf)
Mensagem do Papa Francisco
“Fere-nos o escândalo dos povos famintos. Precisamos
desenvolver, com políticas adequadas, o acolhimento e a integração,
especialmente em favor dos migrantes e daqueles que vivem como descartados nas
nossas sociedades. Somente despendendo-nos nestas situações, com um desejo
altruísta inspirado no amor infinito e misericordioso de Deus, é que poderemos
construir um mundo novo e contribuir para edificar o Reino de Deus, que é reino
de amor, justiça e paz” (Mensagem
para o Ano Novo, 2023).
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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