quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A Palavra na vida

(Lc 13,31-35) Herodes quer acabar com Jesus. Não lhe bastava ter dado fim a João Batista?... Mas veja só!... Agora é um dos discípulos do profeta do deserto, o Nazareno, que não o deixa em paz. Os poderosos, de ontem e de hoje, sempre pretendem resolver os problemas da mesma maneira: acabando com aqueles que os provocam. Os métodos mudaram, mas a arrogância é a mesma. A resposta de Jesus é certeira: não será Herodes a decidir a hora da sua morte. Herodes não passa de uma raposa, de um insignificante instrumento no plano de Deus. Esta é a lógica divina: aqueles que se julgam poderosos e pensam deter o controle da situação são, na realidade, homens insignificantes, recordados apenas porque acabaram envolvidos com um obscuro asceta ou com um carpinteiro que se fez profeta. Diante de tanta hostilidade, o coração de Jesus sangra: com muita dor, ele reconhece que sua mensagem sofre violência, e o ódio contra ele vai se tornando insustentável. É claro que Jesus teria preferido um outro epílogo, não este que está para acontecer. Mas, em certas ocasiões, o único modo de revelar a verdade das coisas nas quais se acredita é ir a fundo nas próprias decisões... (Paolo Curtaz, Parola & Preghiera, outubro/2013, p. 200)

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