segunda-feira, 14 de outubro de 2013

XIII Capitulo Geral MSF

Procurando bons conselheiros
Chegando a Milão
Ontem era dia de folga para os capitulares. A maioria aproveitou para concelebrar com o Papa Francisco na praça São Pedro. Aqui estava a imagem orginal de Nossa Senhora de Fátima, em peregrinação a Roma. Uma multidão avassaladora se reuniu, causando enormes transtornos no trânsito. Eu preferi outro programa: acompanhei o André a Milão e, depois, a Pavia, para visitar uma sua tia que ele jamais havia visto. Trata-se de uma irmã de um tio, migrante italiano, casado com a irmã da falecida mãe do André. Fomos recebidos muitíssimo amavalmente pelo casal de vovôs, a filha e o genro deles, assim como pelos dois netinhos. Lamentamos que o tempo da visita tenha sido tão curto... E como também os trens de alta velocidade têm problemas – em alguns trechos chegamos a 290 km por hora! – chegamos a Roma com 40 minutos de atraso, e à nossa casa às 23:15.
Hoje, segunda-feira, 14 de outubro, retomamos os trabalhos da assembléia capitular, e entramos no processo de discernimento para escolha dos Conselheiros gerais. Num primeiro momento, o Edmundo lembrou rapidamente que perfil de pessoa e e que tipo de trabalho espera os Conselheiros. Em seguida, a nossa assessora chamou a atenção para a seriedade e a complexidade da eleição dos assistentes. Segundo ela, em geral, é um processo mais difícil que a eleição do Superior geral. Lembrou que a tarefa de um Governo é operacionalizar as decisões do Capítulo e dinamizar a vida e a missão da Congregação, e não simplesmente formar uma comunidade harmônica ou resolver questões jurídicas.
Interior da catedral de Milao
Depois disso, a assembléia capitular se reuniu segundo as regiões (Américas; Europa; Indonésia/Madagascar). A tarefa pedida era indicar até quatro nomes de coirmãos da própria região que estariam disponíveis para serem eleitos como Conselheiros. A região das Américas apresentou quatro nomes; a Indonésia/Madagascar apresentou dois nomes; a Europa só conseguiu oferecer um nome. Para muitos, era clara a percepção de que o leque de nomes era muito pequeno, mas...
No momento seguinte, nas Comunidades de Discernimento, cada capitular procurou pensar uma equipe de quatro nomes, podendo para isso recorrer a nomes que não haviam aparecido na lista das regiões. Estas “chapas” foram colocadas em comum na Comunidade e, das diversas propostas, dever-se-ia chegar a uma única equipe. Como algumas Comunidades não chegaram a um consenso, tivemos nove propostas. Mas como os nomes que apareciam nas diversas propostas eram apenas nove, pensamos em alargar de novo o leque de possibilidades, pedindo aos capitulares que escrevessem numa cédula um ou dois nomes alternativos. Assim, mais quatorze nomes se somaram aos nove já apresentados.
Depois de um tempo de reflexão pessoal e de oração comunitária, no início da tarde, procedemos a eleição do primeiro Conselheiro que, mesmo obtendo, já no primeiro escrutínio, trinta e três dos quarenta e quatro votos, não aceitou a indicação. Foi necessária uma pausa para reflexão, antes de voltar à votação. Retomadas as eleições, somente no quarto escrutínio, apenas entre os dois mais votados no terceiro escrutínio, o primeiro Conselheiro foi eleito: Pe. Augustinos Purnama, da Província de Java. Como ele não é membro do Capítulo, o Superior fez contato telefônico, mas o coirmão eleito pediu tempo até amanhã para dar uma resposta. Assim, o Capítulo foi suspenso, à espera dessa resposta!
O trio luterano da Noruega...
Bem que a assessora já havia alertado para o risco de se criar esse tipo de situação. Mas há entre nós uma preocupante resistência aos processos de discernimento personalizados e partilhados. A meu ver, não faz mais sentido – e chega a ser uma irresponsabilidade institucional – começar uma assembléia capitular sem um processo de consulta e discernimento, do qual todos os coirmãos da Congregação possam participar, sobre os possíveis membros do Governo Geral.
O dia terminou com a visita do Bispo de Tromso (Noruega), Prelazia na qual trabalham seis Missionários da Sagrada Família oriundos da Polônia. O bispo, de origem croata, veio acompanhado de um Pastor luterano, parceiro de missão que sempre hospeda nossos missionários quando visitam a região polar. Acompanhavam-nos um jovem e uma senhora, animadores de cantos da comunidade evangélica. O trio nos brindou com um breve e belo espetáculo de música religiosa da Noruega. Este quarteto veio em peregrinação a Roma junto com outros trezentos cristãos noruegueses.

Itacir Brassiani msf

2 comentários:

Aprendendo sempre! disse...

Realmente, padre Itacir, essa falta de consulta previa a possíveis candidatos p o conselho geral poderá acarretar atrasos desnecessários nos trabalhos capitulares... Nossa CRB nacional e regionais, bem como institutos religiosos já fazem uso desse processo, o q facilita mt o andamento das assembléias gerais eletivas!

Aprendendo sempre! disse...

Realmente, padre Itacir, essa falta de consulta previa a possíveis candidatos p o conselho geral poderá acarretar atrasos desnecessários nos trabalhos capitulares... Nossa CRB nacional e regionais, bem como institutos religiosos já fazem uso desse processo, o q facilita mt o andamento das assembléias gerais eletivas!