domingo, 23 de julho de 2023

O Evangelho de cada dia (57)

Ano A | 16ª Semana Comum | Segunda | Mateus 12,38-42

(24/07/2023)

Na ação missionária e libertadora de Jesus não faltavam sinais da misericórdia de Deus em favor do povo, por muitos motivos cansado e abatido. Ele havia acabado de curar uma pessoa cuja personalidade estava destruída por uma força diabólica, por um poder incontrolável. Mas, em vez de acreditar nele e se alegrar com os sinais do Reino de Deus tão esperado, os fariseus o acusaram de agir em nome do pai da maldade. E Jesus respondera que é pelos frutos que se conhece a árvore, pelas ações que conhecemos as pessoas.

Agora, os mestres da lei voltam a insistir, pedindo a Jesus um sinal que ateste que ele veio e age em nome de Deus. Eles já têm sinais e provas suficientes, mas se recusam a aceitar os sinais que beneficiam os sofredores e excluídos, pois esperam e exigem sinais mais poderosos, capazes de impressionar, de assustar e provocar submissão. Mas Jesus só faz sinais para fazer o bem a quem está em situação de necessidade, e se recusa a fazer algo apenas para mostrar seu poder ou para satisfazer a curiosidade de incrédulos.

Na verdade, Jesus acena para um sinal futuro e inusitado: como o profeta Jonas ficara três dias no ventre de um peixe, como que sepultado no mar, o enviado do Pai e Filho do Homem compartilhará a condição o destino dos humanos condenados e será morto e sepultado no ventre da terra. O sinal da sua divindade é sua plena e insuperável humanidade. E como os pagãos de Nínive acreditaram na pregação de Jonas e se converteram, também os judeus e suas lideranças devem aceitar seu anúncio e seu testemunho e mudar de vida.

Essa resposta de Jesus se torna denúncia, provocação e insulto quando diz que povos pagãos que se converteram diante da pregação dos profetas julgarão os piedosos e orgulhosos mestres da lei. Jesus diz que eles, autoridades religiosas, são maus (agem por força do demônio) e adúlteros (sem nenhuma honra).

Além de recordar o exemplo do povo ninivita, Jesus também propõe o exemplo da rainha de Sabá, que fez de tudo para visitar Salomão, e, mesmo sendo pagã, reconheceu sua sabedoria. E, de fato, Jesus é muito mais que Jonas e muito mais que Salomão. Ele é a encarnação da Sabedoria e da Profecia, e o sinal maior que ele nos dá é a compaixão, levada ao extremo na cruz.

 

Meditação:

·     Que sinais você costuma pedir ou esperar para confirmar o amor e a presença de Deus?

·     Você leva em conta que é a fé que torna os sinais grandes e animadores, e não o contrário?

·     O que significa hoje o sinal de Jonas, o profeta que passou três dias desaparecido, no intestino de um grande peixe?

·      Como o exemplo do povo de Nínive e da rainha de Sabá podem estimular nossa adesão a Jesus Cristo e ao seu Evangelho?

Nenhum comentário: