terça-feira, 25 de julho de 2023

O Evangelho de cada dia (59)

Ano A | Memória de São Joaquim e Santa Ana | Mateus 13,16-17

(26/07/2023)

Estes dois versículos fazem parte do diálogo catequético e formativo de Jesus com os discípulos. O objetivo é explicar as razões que o levam a falar em parábolas, especialmente quando se dirige às autoridades religiosas e ao povo. Mas, na liturgia de hoje, este breve trecho do evangelho segundo Mateus iluminam a festa de São Joaquim e Sant’Ana.

As parábolas tratam, antes de tudo, do mistério do Reino de Deus, por vontade de Deus acessíveis prioritariamente aos “pequenos”, aos pobres e humildes do Senhor. Como as crianças e vulneráveis, são eles os mais aptos a entender e acolher o Reino de Deus como graça e tarefa. Ver e ouvir o que Jesus faz e diz significa discernir a presença de Deus nos acontecimentos e na ação de Jesus.

Pelos capítulos anteriores, sabemos que as lideranças do judaísmo rejeitaram o ensino e a ação libertadora de Jesus. Eles escutaram sem entender e viram sem aceitar. Tendo um coração torpe, fecharam os ouvidos e os olhos para não se converterem. Por outro lado, aqueles/as que acolhem o ensino de Jesus e o seguem são realmente felizes, alcançaram uma vida cheia de brilho e de vigor.

Isso não é frustração nem acaso, mas fruto do querer de Deus. A condição das pessoas que, entendendo e acolhendo a mensagem do reino de Deus, a vivem e anunciam, é a mesma, ou ainda superior, à dos justos e profetas do Antigo Testamento: eles quiseram ouvir, mas não conseguiram, quiseram ver, mas não alcançaram. Assim são os/as discípulos/as missionários/as de todos os tempos.

A liturgia de hoje nos leva a entender que Joaquim e Ana, pais de Maria e avós de Jesus, fazem parte daqueles justos e profetas que, vivendo a esperança da vinda do Messias e fazendo o que estava ao alcance para que isso acontecesse, desejaram ver e ouvir, mas não conseguiram.

Há alguns anos o Papa Francisco nos convida a celebrar a memória de São Joaquim e Sant’Ana como o Dia dos Avós e dos Idosos. E, a cada ano, nos vem brindando com uma bela e estimuladora mensagem. Para o dia de hoje, ele nos escreve inspirado no Salmo 92 (91): “O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro que há no Líbano. Mesmo no tempo da velhice darão frutos, serão cheios de seiva e verdejantes”. Vale a pena ler esta mensagem.

 

Meditação:

·    Leia atentamente, sem pressa, palavra por palavra, estes dois breves versículos nos quais Jesus elogia os verdadeiros discípulos/as

·    Somos capazes de ver, reconhecer e alegrar-nos com os sinais do reino de Deus nas pessoas e acontecimentos simples e frágeis?

·    Somos capazes de ver e reconhecer na sabedoria afetuosa e no amor terno e vulnerável dos avós sinais da bondade de Deus?

·     Alegramo-nos de verdade com esta dinâmica do reino de Deus, e como isso transparece naquilo que fazemos e anunciamos?

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