191 | Ano B | 1ª Semana do Advento | Sábado
| Mateus 9,35-10,8
09/12/2023
Jesus está em peregrinação ao santuário das dores e
esperanças humanas, anunciando o Reino de Deus, ensinando como acolhê-lo e
curando os enfermos. Através do que faz e das relações que estabelece, Ele é
sinal inequívoco da “visita de Deus” que estamos preparando no Advento e
celebraremos no Natal. Não é uma visita passageira, pois ele veio para ficar!
Jesus se deixa tocar pelo sofrimento dos pobres e
marginalizados, mas não fica no simples sentimento. Diante de um povo
abandonado à própria sorte pelas autoridades, cansado e abatido, espoliado e
abandonado, Jesus é tomado de profunda compaixão e toma iniciativas concretas
para devolver a cidadania às pessoas. A compaixão, essa capacidade de se
importar profundamente com a dor dos outros, é o segredo dinâmico da sua
missão.
Mas Jesus percebe claramente que esta missão
ultrapassa suas forças e possibilidades. Ele não dará conta de fazer tudo
sozinho, e precisa contar com muito mais gente nesse ministério da compaixão,
que vence a indiferença e reconstrói a vida. Diante da exiguidade de recursos e
da pequenez da comunidade dedicada a esta missão, Jesus não desiste nem se
desespera: antes, ele nos estimula e ensina a pedir a Deus Pai com insistência
e a buscar e preparar gente que colabore generosamente nela.
Mas pedir ao Pai que suscite e
sustente pessoas generosas que se dediquem à imensa e urgente tarefa de tornar
esse mundo melhor e anunciar esta possibilidade não é algo a ser feito sem empenho
pessoal. Antes de tudo, ele mesmo nos ensina a compaixão, nos chama e nos envia
como discípulos/as missionários/as para fazer exatamente o que ele veio fazer:
anunciar, ensinar, libertar. E tudo de graça, como de graça é o que dele
recebemos.
É desde uma humilde casa de família em Nazaré e do estábulo de
Belém que ele nos envia com uma prioridade: as ovelhas perdidas, as pessoas
vulneráveis, os povos ameaçados. São eles que precisam e esperam o anúncio
jubiloso: “O reino de Deus está próximo! O Deus está conosco e armou sua tenda
entre nós!” E esperam de nós sinais concretos daquilo que anunciamos.
Meditação:
§ Também hoje, o trabalho de construir uma
humanidade única e fraterna é imenso e precisa de muita gente generosa
§ Sozinhos/as, nós, nossas comunidades e nossas
Igrejas não dão conta e podem ceder ao cansaço e ao desânimo
§ Quem compartilha a visceral compaixão de Jesus
sabe reconhecer e congregar gente de fora das nossas igrejas nesse caminho
§ Muitos/as são os/as chamados/as e enviados/as
e trabalhar com generosidade e gratuidade em favor das “ovelhas perdidas”
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