Epopéia do povo negro no Brasil
1838: No dia 20 de março, o governo do
Sergipe proíbe que portadores de moléstias contagiosas e africanos, escravos ou
não freqüentem escolas públicas.
1454:
A bula Papal editada por Nicolau V dá aos portugueses a exclusividade para
aprisionar negros para o reino e lá batizá-los.
1630:
Data provável da formação do Quilombo dos Palmares. Palmares ocupou a maior
área territorial de resistência política à escravidão. Ela foi uma das maiores
lutas de resistência popular nas Américas.
1695:
Morte de Zumbi dos Palmares. Zumbi dirigiu Palmares num dos seus momentos mais
dramáticos. As forças chefiadas pelo bandeirante Domingos Jorge velho destruíram
o Quilombo e, depois, assassinaram Zumbi.
1741:
Alvará determina que os escravos fugitivos serão marcados com ferro quente com
a letra "F" carimbada nas espáduas.
1835:
Levante de negros urbanos de Salvador. Segundo historiadores, a Revolta dos Malês
foi a mais importante revolta urbana de negros brasileiros, pelo número de
revoltosos, grau de organização e objetivos militares.
1833: Fundação do Jornal "O Homem de cor"
por Paula Brito, é o primeiro jornal brasileiro a lutar pelos direitos do
negro.
1850:
É editada a Lei Euzébio de Queiroz, que põe fim ao tráfico de escravos. Nesse
mesmo ano, é editada a lei da terra. A partir dessa lei era proibido ocupar
terras no Brasil. Para possuir terra era necessário comprá-la do governo.
1854:
Decreto proíbe o negro de aprender a ler e escrever.
1866:
O império determina que os negros que serviam no exército seriam alforriados.
1869:
Proibida a venda de escravos debaixo de pregão e com exposição pública. A lei
proíbe a venda de casais separados e de pais e filhos.
1871:
É editada a lei do ventre livre. Com ela os filhos de escravos seriam libertos,
depois de completarem a maioridade.
1882:
Morre o abolicionista Luiz Gama. Sua mãe, Luiza Mahin foi um das principais
lideranças na Revolta dos Malês, em Salvador.
1883:
Primeira libertação coletiva de escravos negros no Brasil.
1884:
Abolição da escravatura negra na província do Amazonas.
1885:
É editada a Lei do Sexagenário, que liberta os escravos com mais de 65 anos de
idade. Segundo dados, a vida útil de um escravo era 15 anos, em média.
1886:
O governo proíbe o açoite dos castigos aos escravos.
1888:
Promulgada a Lei Áurea, que extingue a escravidão no Brasil. O Brasil é o
último a abolir a escravidão do ocidente.
1890:
Decreto sobre a imigração veta o ingresso no país de africanos e asiáticos. O
ingresso de imigrantes europeus é liberada pelo governo.
1910:
João Cândido, o Almirante negro, lidera a revolta da esquadra (Revolta das
Chibatas) contra os castigos físicos praticados contra os marinheiros.
1931:
Nasce a Frente Negra Brasileira (FNB) que chegou a reunir mais de 100 mil
membros, em diversos Estados do país. A organização pleiteava sua transformação
em partido político. No ano de 1937, com a instalação do Estado Novo, a FNB é
colocada na ilegalidade.
1945:
Renasce o Movimento Negro no país. Surge em São Paulo a Associação do Negro
Brasileiro, fundada por ex- militantes da FNB. No Rio de Janeiro é organizado o
Comitê Democrático Afro-Brasileiro com o objetivo de defender a constituinte, a
anistia e o fim do preconceito racial e de cor.
1950:
No Rio é aprovada a Lei Afonso Arinos, que condena como contravenção penal a
discriminação de raça, cor e religião, também é criado o conselho nacional de
mulheres negras.
1969:
O governo do general Emílio G. Médici proíbe a publicação de noticias sobre
movimento negro e a discriminação racial.
1978:
Consolidação, em São Paulo, do MNU Movimento Negro Unificado, que declara o dia
20 de novembro como o dia da consciência negra.
1986: Tombamento da serra da Barriga local onde se
desenvolveu o quilombo dos palmares, a gaúcha Deise Nunes de Souza é coroada
Miss Brasil é a primeira Miss Brasil negra.
http://www.geledes.org.br/esquecer-jamais/179-esquecer-jamais/14716-a-historia-da-escravidao-negra-no-brasil
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