Desde aquela noite luminosa, quando Deus
falou eloquentemente no choro de uma criancinha acomodada numa coxeira de
animais, e, mais ainda, desde aquela sexta-feira escura/gloriosa em que seu
corpo torturado pendeu da cruz, vivemos o permanente hoje da nossa liberdade, da maioridade na fé: hoje nasceu para nós o Salvador; hoje a salvação entrou na nossa casa; hoje a Palavra/promessa se cumpre em nossa nazaré... Com Jesus de
Nazaré, a liberdade, a maioridade e a emancipação começam nos pobres, nos
cativos, nos oprimidos; começam e se espalha como graça absoluta, sem cobranças
e exigências, sem nenhuma espécie de “mas” ou “porém”... Voltando a Nazaré,
Jesus vai à casa da Palavra e busca na profecia de Isaías o “script” para sua
missão, estabelecendo a Palavra de Deus como roteiro indispensável de toda
missão. Mas ele também faz questão de assegurar que esta Palavra não é
prisioneira do passado, nem se esvai em futuros incertos: ela se faz hoje em nós e através de nós, cheia de
encanto e fonte de admiração, ou não é de Deus. Por isso, nosso amor e nossa
fidelidade a Deus passa pela “prova dos nove” no amor ao próximo. “Quem não ama
seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê!” Quem ama o Pai,
ame também os filhos e filhas! Na vida cristã, não há lugar para meio-termo,
indiferença ou ódio. Que o Espírito pouse sobre nós, dinamize nosso ser
inteiro, nos envie e nos sustente... (Itacir
Brassiani msf)
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