Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 935
Dia 13/11/2022 | XXXIII
Semana do tempo Comum | Domingo
Evangelho segundo
Lucas (21,5-19)
(1)Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando “Aquele que vos chamou...” (aqui: https://www.youtube.com/watch?v=r-U_W25Sypw)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 21,5-19
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Com a aproximação do
fim do ano litúrgico, a Palavra dominical adquire um tom escatológico e de
alerta
· Não obstante o cenário
aparentemente de catástrofe, o tom predominante do trecho do Evangelho de hoje
é de forte esperança
· Para Jesus, a aparente
estabilidade e a imponência das instituições opressoras não devem intimidar,
pois têm os dias contados
· A força do Evangelho,
que é a força dos pequenos, age como fermento e como semente, e vai arruinando
os poderes desde baixo
· Os sinais de
instabilidade, assim como as tensões e confrontos antecedem o advento do Reino
de Deus e são sinais de esperança
· Em meio a tudo isso, o
que devemos é testemunhar nossa fé e permanecer firmes, pois Aquele que nos
chamou é fiel
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Leia e releia
atentamente os versículos de hoje, observando o que Jesus promete para a
humanidade e os sinais que o antecedem
· Será que ainda hoje
muitos cristãos deixam-se impressionar pelo poder dos grandes e imobilizar pelo
medo?
· Em que medida uma
mentalidade escapista e espiritualista nos leva a perder a esperança paciente e
a fugir dos desafios do mundo?
· Como manter viva a
chama da fraternidade inaugurada por Jesus num contexto em que tudo nos convida
ao medo e à intolerância?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que precisamos mudar
ou melhorar para não tornar estéril a força transformadora do Reino de Deus na
Igreja e no mundo?
(6)Retorne à vida
cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça
e reze com a canção “Faz de conta...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=r-U_W25Sypw)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Lucas 21,5-19
Jesus não se impressiona com a
aparente estabilidade do Templo. “Dias virão em que não ficará pedra sobre
pedra. Tudo será destruído”. Mas ele não prevê uma vingança do destino, nem
algo que acontecerá independente da ação humana. E, em nenhum momento, Jesus
nos assegura que esse caminho será fácil, pleno de êxito e de glória. Ao
contrário, ele insiste que a luta é grande e difícil.
Viver na nostalgia e na expectativa
dos grandes eventos, momentos e monumentos é contrário ao espírito de Jesus. O
caminho daqueles que levam em seu corpo as marcas do crucificado é o único
capaz de gerar vida e garantir fidelidade. Mas precisamos ficar atentos, pois,
nos momentos de crise, quando os caminhos se bifurcam e os poderes inventam
novas formas de opressão, costumam surgir líderes que se apresentam como
libertadores, propondo estranhos caminhos de salvação e assegurando que ela
está à porta. Eles anunciam, cinicamente: “Deus acima de todos!”
Jesus pede que não sejamos ingênuos.
“Não andeis atrás desta gente!” Não podemos dar crédito a mensagens e
mensageiros alheios ao Evangelho, que se alimentam da indiferença com os pobres
e da humilde semente de mostarda. E isso mesmo quando tais mensagens e
mensageiros vêm do interior da Igreja ou revestidos de ostensiva piedade. Não
podemos seguir aqueles que nos distanciam de Jesus Cristo e seu Evangelho,
fundamento, origem e meta da nossa fé.
Nos tempos difíceis e contraditórios
é preciso aprofundar as raízes, ampliar os horizontes, identificar o que é
essencial e inegociável. O planejamento da própria defesa não pode consumir
nossas melhores energias! Insegurança, marginalização e perseguição não são
sinais de fracasso, mas convite a anunciar o Evangelho com a vida. “Será uma
ocasião para dardes testemunho...” Sem perder a calma, precisamos encontrar a
forma adequada de testemunhar aquilo que cremos e esperamos. Não precisamos
sonhar com heroísmos que ultrapassam as nossas forças, nem com defesas e
seguranças que impedem que nos tornemos adultos na fé.
(Itacir
Brassiani msf)
Mensagem do Papa
Francisco
“Não podemos ter com os pobres um comportamento
assistencialista. É necessário empenhar-se para que a ninguém
falte o necessário, mas é a atenção
sincera e generosa que me permite aproximar dum pobre como de um irmão que me
estende a mão e acordar do torpor em que caí. Por isso, ninguém deveria
dizer que se mantém longe dos pobres, porque tem outros compromissos. Esta é
uma desculpa frequente nos ambientes acadêmicos, empresariais ou profissionais,
e até mesmo eclesiais. Ninguém pode
sentir-se exonerado da preocupação pelos pobres e pela justiça social” (Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres,
2022).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o
amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à
movimentação social, a Leitura Orante
é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre
em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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