Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 926
Dia 04/11/2022 | XXXI
Semana do tempo Comum | Sexta-feira
Evangelho segundo
Lucas (16,1-8)
(1)Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando “Fala, Senhor, palavra de fraternidade!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ojebAa9yR6I)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 16,1-8
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· As
parábolas do pastor cuidadoso e da mulher atenta sublinham que caminho e a
prática da Igreja deve ser o mesmo de Jesus
· A
parábola de hoje, dirigida aos discípulos, nos provoca à esperteza própria de
quem renasceu no ventre do Reino de Deus
· Como
discípulos/as, devemos decidir com rapidez e coerência, usando dos bens e
estruturas deste mundo para o Reino de Deus
· Trata-se
de decidir e agir olhando tendo como meta fazer amigos, construir fraternidade,
salvar o planeta
· O
que devemos imitar não é a ação desonesta e ilegal do administrador, mas a
sabedoria com que se move
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Considere
também o exemplo do pai misericordioso, que empenha todos os bens (que não
pertencem totalmente a ele) para acolher o filho e refazer a solidariedade
familiar (15,11-32)
· Leia
e releia a parábola, colocando-se no lugar dos discípulos, sem esquecer o todo
do ensino e da prática de Jesus
· Quais
são os critérios que guiam nossas decisões nos momentos mais difíceis e
urgentes, nos quais nosso futuro este em jogo?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Recorde
o testemunho pessoas e organizações que põem seus a serviço dos pobres e da
criação de “um outro mundo”
· Agradeça
a Deus por esta sabedoria, e peça a Deus que você e sua família possam também
viver deste modo
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como
superar o preconceito de não encarnar o Evangelho no mundo da política e da
economia para gerar mais vida?
(6)Retorne à vida
cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça e medite com a canção “Não dá pra
fazer de conta” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=KUk_EU7SIOk)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Lucas 16,1-8
Este é um dos textos mais difíceis do
Evangelho. Está situado depois das três parábolas dirigidas aos fariseus (a
ovelha, a moeda e o filho perdidos, e a alegria de quem os reencontrou). Desta
vez Jesus se dirige aos discípulos, e isso é importante para compreender o
texto. Ele não está polemizando com ninguém, mas formando os seus.
A parábola fala de um administrador
acusado de esbanjar os bens do patrão. Diante disso, ele reflete, decide e age
com rapidez e esperteza. O administrador sabe que o tempo presente é decisivo
para o futuro, por isso analisa, pondera e decide. Ele não se defende da
acusação, mas encontra um jeito esperto de garantir o futuro.
A parábola dá apenas dois exemplos
dessa esperteza do administrador. Muitos outros seriam possíveis, mas o que
interessa a Jesus é demonstrar a esperteza, a estratégia. Ele é administrador,
“filho deste mundo”, e sabe como “se virar” para salvar a pele. Também os/as
discípulos/as, filhos/as da luz, devem saber decidir à luz do Reino, no meio de
um mundo que se rege por outra lógica.
O que deve ser imitado não é a ação
desonesta e ilegal desse empregado, mas sua capacidade de agir bem no breve
tempo presente em vista do futuro. Aqueles/as que seguem Jesus devem ter
lucidez e sabedoria para encarnar na provisoriedade deste mundo a fraternidade,
os valores definitivos do Reino de Deus.
Como filhos e filhas da luz, nas
avaliações e decisões estratégicas que devemos tomar permanentemente, não
podemos guiar-nos pelo medo ou pelo apego a pequenas vantagens. Nada de medo de
“sujar as mãos” no mundo da política e da economia. O que é preciso é
subordiná-los à fraternidade. Tudo deve estar a serviço dela!
Quando temos o Reino de Deus como
único tesouro, o medo se afasta, os olhos se abrem, e a criatividade tira-nos
da comodidade. E não se trata de “salvar a própria pele”, mas de ter diante dos
olhos o bem-estar da humanidade, as necessidades dos pobres, dos “devedores”.
Esta é a esperteza dos/as discípulos/as de Jesus, dos filhos e filhas da luz. O
resto é burrice, ambição e capitulação.
(Itacir
Brassiani msf)
Mensagem do Papa
Francisco
“São Boaventura
advertia que a verdadeira sabedoria cristã não se deve desligar da misericórdia
para com o próximo: “A maior sabedoria que pode existir consiste em dispensar
frutuosamente o que se possui e que lhe foi dado precisamente para o
distribuir. Por isso, como a misericórdia é amiga da sabedoria, assim a avareza é sua inimiga. Há atividades, como as
obras de misericórdia e de piedade, que, unindo-se à contemplação, não a
impedem, antes favorecem-na” (Gaudete et
Exultate, § 46).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o
amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à
movimentação social, a Leitura Orante
é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre
em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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