Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 939
Dia 17/11/2022 | XXXIII
Semana do tempo Comum | Quinta-feira
Evangelho segundo
Lucas (19,41-44)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando “Aquele que vos chamou...” (aqui: https://www.youtube.com/watch?v=r-U_W25Sypw)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 19,41-44
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Depois de contar aos
discípulos, preocupados com o dia manifestação gloriosa do reino de Deus, a
parábola dos 10 administradores, Jesus começa a descida para Jerusalém
· Depois da acolhida
calorosa dos discípulos/as no Monte das Oliveiras, Jesus contempla sua cidade,
mesmo de longe
· Jerusalém deixara de
ser a sede da Justiça e a cidade da paz, pois o próprio templo fora
transformado em mecanismo de dominação
· Jesus lamenta que as
lideranças religiosas que comandam a cidade e o templo não tenham percebido a
visita de Deus lhes mediante ele
· As palavras de Jesus
não são uma ameaça de castigo, mas uma advertência e uma lamentação em tom
profético
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Retome esta cena
tentando fazer-se presente nela, com os discípulos/as e com Jesus
· Observe as reações do
seu rosto, o tom carregado de emoção do seu lamento, as palavras e expressões
que usa
· Procure o que Jesus
está dizendo hoje às pessoas que dirigem as Igrejas que falam em nome dele, e
os que dirigem nosso país
· E se Jesus se dirigisse
à sua família e à sua comunidade, qual seria o tom das suas palavras e o que
ele diria?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Deixe-se envolver e
estimular pelas palavras de Jesus, e, como Jesus, faça sua oração “olhando” sua
cidade e nosso país
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que fazer para
superar a ideia disseminada entre nós que “lê” as ruínas e problemas como
castigos de Deus?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça
e reze com a canção “Faz de conta...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=r-U_W25Sypw)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Lucas 19,41-44
Depois de uma longa e frutuosa viagem da Galileia
até Jerusalém, durante a qual manifestou a novidade libertadora do Reino de
Deus e formou seus discípulos na vivência dessa novidade, Jesus chega às portas
da cidade. Na entrada, no Monte das Oliveiras, é saudado e aclamado pelos seus
discípulos como o messias esperado, sob o olhar vigilante e semblante
estupefato dos fariseus.
Enquanto as lideranças olham com suspeita para
Jesus e seus discípulos e discípulas, Jesus contempla, comovido, a cidade que
abriga o templo para onde acorrem as “tribos de Javé”, e onde deveria estar a
“sede da justiça”. Jesus percebe que, por causa da cegueira religiosa e da
miopia política dos seus responsáveis, Jerusalém já não é mais a “via da paz” e
o refúgio dos pobres. Por isso, seu olhar é turvado pelas lágrimas.
Mas o desabafo comovido de Jesus ressoa mais como
lamento e advertência profética à espera de conversão que como ameaça que como
ameaça. Em sua lucidez, Jesus é capaz de perceber a destruição que se desenha
sobre a cidade amada e cantada, e a ruína que se avizinha dos seus habitantes.
Tudo provocado pela cegueira religiosa e pela miopia política, e não como destino
inexorável resultado da ação de um Deus que se compraz em punir.
Como haviam reconhecido muitas pessoas que tiveram
a venturosa oportunidade de encontrar Jesus no seu caminho de subida a
Jerusalém, nele é Deus que visita e salva seu povo. Necessário se faz levar a
sério essa visita, abrir-lhe as portas da vida e da cidade, não desperdiçar a
“hora” de Deus. O tempo de conversão é agora! Hoje é o dia da salvação! Não há
como desperdiça-lo.
Os dois últimos versículos não são uma ameaça, como
podem parecer aos desavisados. Lucas escreve seu evangelho na década 80 da era
cristã, depois da destruição de Jerusalém, patrocinada pelo império romano. O
que Lucas faz é “colocar na boca de Jesus” uma interpretação teológica desse
acontecimento: ele é decorrência da “cabeça dura” dos dirigentes do judaísmo,
que, aferrados aos seus conceitos e preconceitos, fecharam-se à novidade de
Jesus.
(Itacir
Brassiani msf)
Mensagem do Papa
Francisco
“Encontrar
os pobres permite acabar com tantas ansiedades e medos inconsistentes, para
atracar àquilo que verdadeiramente importa na vida e que ninguém nos pode
roubar: o amor verdadeiro e gratuito. Na realidade, os pobres, antes de ser objeto da nossa esmola, são sujeitos que ajudam
a libertar-nos das armadilhas da inquietação e da superficialidade” (Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres,
2022).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o
amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à
movimentação social, a Leitura Orante
é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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