Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 942
Dia 20/11/2022 | Domingo
| Solenidade de Cristo, Rei do Universo
Evangelho segundo
Lucas (23,35-43)
(1)Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se cantando o mantra: “Jesus Cristo é o Senhor!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=PhYGIfitzWY)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 23,35-43
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Esta cena está situada
no contexto literário da narração da condenação e morte de Jesus pelos poderes
do templo
· O tom predominante nos
gestos e nas palavras é claramente vexatório e marcado pela ironia e pelo
desprezo de Jesus
· Os chefes dos
sacerdotes desafiam e desmoralizam Jesus a partir da sua identidade de messias,
que eles uniam ao poder exibicionista
· Os soldados romanos se
dirigem a Jesus chamando ironicamente de rei dos judeus, e assim o identificam
no alto da cruz
· Um dos condenados se
dirige a Jesus tratando-o unicamente pelo nome, pedindo apenas que não esqueça
dele
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Leia e releia
atentamente os versículos de hoje, observando o que Jesus e os demais
personagens dizem e fazem
· Com que imagens ou
títulos você costuma imaginar e falar de Jesus de Nazaré? Eles dão conta da
rica complexidade da sua identidade?
· Será possível expressar
o que é Jesus a partir do título de rei? Ou precisamos falar da vocação dos
reis a partir da vida de Jesus?
· Quais são as palavras
ou imagens (metáforas) mais adequadas para falar evangelicamente de Jesus?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Imagine-se ao lado de
Jesus no alto do calvário, e peça, como aquele condenado: “Jesus, lembre-se de
mim...”
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que precisamos mudar no
nosso modo de falar de Jesus e nos dirigir a ele, para não negarmos a lição do
evangelho de hoje?
(6)Retorne à vida
cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite e reze com a canção “Jesus
Cristo, ontem, hoje e sempre, (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=5Bj5DnT4kQs)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Lucas 23,35-43
O Evangelho da festa de hoje faz parte da narração
da Paixão de Jesus. Fixemos nosso olhar nos personagens que
assistem ao tremendo espetáculo da crucifixão. O povo estava ali olhando. Não é
a multidão que habitualmente O segue, mas pessoas que assistem com curiosidade
zombadora.
Os chefes, as autoridades religiosas escarneciam de
Jesus. Eles conservavam a ideia de um Messias triunfal. Tem um Deus feito à
medida de seus interesses. A mensagem de Jesus não os afetou. Julgavam-se em
posse da verdade.
Os soldados também lhe zombavam. Aproximavam-se
dele para dar-lhe vinagre. Os executores da violência do poder romano não
podiam entender um rei que não fazia nada para defender-se. O letreiro também
indicava ironia. Um dos ladrões o insultava.
Mas, a grande surpresa está reservada para o final
da cena: aquele homem impotente, que agonizava na Cruz, promete o
paraíso a outro condenado à morte e que se dirigira a Ele assim: “Jesus,
lembra-te de mim, quando entrares em teu reinado”. É o único personagem em todo
o Evangelho que se dirige a Jesus chamando-o simplesmente por seu nome, sem
acrescentar nenhum outro título como Senhor, Mestre, Filho de Davi ou Messias.
Sem saber, ele estava em profunda sintonia com o
sentido da missão daquele Homem crucificado, a quem o invocava: aproximar-se,
encurtar distâncias, viver entre nós como um entre tantos, entregar-nos seu
nome e sua amizade, compartilhar de nossa fragilidade, estar tão perto a ponto de
escutar o sussurro de todos aqueles que, sem alento, morrem ao seu lado...
O “bom ladrão” reconhece a Jesus
na cruz como rei, um rei que morre na fidelidade à sua missão de mensageiro de
um projeto de vida diferente, de um Reino de misericórdia aberto a
todos, também ao pior dos malfeitores, e que oferece sua vida para indicar
o caminho da verdadeira vida que vence a morte: o amor até o extremo. E nisso
consistiu sua glória, sua realeza e seu triunfo.
(Adroaldo Palaoro sj)
Mensagem do Papa
Francisco
“Não
desprezemos os pobres, os humildes, os operários; são não só nossos irmãos em
Deus, mas também os que mais perfeitamente imitam a Jesus na sua vida exterior.
Eles apresentam-nos perfeitamente Jesus, o Operário de Nazaré. São primogênitos
entre os eleitos, os primeiros chamados ao berço do Salvador. Foram a companhia
habitual de Jesus, desde o seu nascimento até à sua morte. Honremo-los,
honremos neles as imagens de Jesus e dos seus santos progenitores. Tomemos para
nós [a condição] que Ele tomou para Si. Nunca deixemos de ser, em tudo, pobres,
irmãos dos pobres, companheiros dos pobres” (Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, 2022, citando Carlos de
Foucauld).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre
em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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