sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 934

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 934

Dia 12/11/2022 | XXXII Semana do tempo Comum | Sábado

Evangelho segundo Lucas (18,1-8)

(1)Coloque-se em atitude de oração  

·     Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·     Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·     Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·     Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·     Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·     Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·     Prepare-se ouvindo ou cantando “A Palavra está perto de ti...” (aqui:  https://www.youtube.com/watch?v=70ikIPVilyM)

 

(2)Leia o texto da Palavra de Deus

·     Leia com toda a atenção o texto de Lucas 18,1-8

·     Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·     A comunidade à qual se dirige o evangelista Lucas vive um tempo difícil de perseguições violentas e implacáveis

·     Diante do aparente silêncio ou ausência de Deus, como da demora da volta de Cristo, há risco de desilusão e desistência

·     A figura da viúva frágil e indefesa, que não se resigna nem desiste diante da frieza e indiferença do Juiz é uma exortação

·     A lição é clara: Deus não pode ser pior que esse juiz, e seguramente ouve nossos clamores e fará justiça

·     A oração dos/as discípulos expressa essa atitude de querer conhecer a vontade de Deus e confiar em sua bondade

·     O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)Medite a Palavra de Deus

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·     Solte as asas da sua imaginação e coloque-se dentro desta história imaginaria, interagindo com os personagens

·     Procure sintonizar com os diferentes grupos sociais e cristãos que lutam desesperadamente por sua dignidade e seus direitos

·     Procure acolher, compreender e tirar as consequências da afirmação de que Deus leva a peito as dores dos seus filhos/as

·     A fé vivida e celebrada por sua comunidade suscita perseverança nas lutas e confiança na justiça de Deus?

·     Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)Reze com o texto lido e meditado

·     Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·     Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·     Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·     Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·     Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·     Peça a deus a lucidez, o desapego e a coragem para colocar aquilo que você é, sabe e tem a serviço do bem da humanidade

 

(5)Contemple a vida à luz da Palavra

·     Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·     Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·     Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·     Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·     O que precisamos mudar ou melhorar para que sejamos, como pessoas e comunidades, um sinal da resposta do Deus justo?

 

(6)Retorne à vida cotidiana

·     Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·     Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Ouça e reze com a canção “Amadurece a cada instante...” (Aqui: https://www.dailymotion.com/video/x7wvjqs)

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Breves notas sobre Lucas 18,1-8

O episódio do evangelho de hoje se relaciona com aqueles que lemos e meditamos nos últimos dias pelo tema da fé confiante e perseverante. A questão central não é propriamente a oração, mas aquilo que ela busca e expressa: a fidelidade de Deus e a confiança nele, especialmente nos tempos de demora e tribulação.

A parábola do juiz e da viúva é, no mínimo, inusitada. Se a figura de uma viúva injustiçada e indefesa pode facilmente representar os/as discípulos/as em tempos de perseguição, um juiz desumano, agnóstico e pragmático não parece uma boa representação da ação de Deus, ao menos da imagem de Deus que Jesus Cristo nos apresenta em sua ação e em seu ensino.

Vivendo num tempo de perseguições violentas, de aparente ausência ou de silêncio de Deus, a comunidade dos discípulos/as de Jesus se questiona quando isso terá fim, quando Jesus se manifestará em sua glória. O risco da desilusão e da resignação é grande, e só lhes resta uma arma para combatê-lo: a insistência, a perseverança.

É nisso que a figura da viúva suplicante reforça a exortação de Jesus. A viúva não se resigna nem se intimida frente à absoluta indiferença do juiz. A insistência é a única arma que lhe resta, em sua extrema vulnerabilidade. Esta perseverança insistente de uma pessoa indefesa produz seus frutos, pois acaba dobrando o juiz insensível.

A lição de Jesus é evidente. Se um juiz desumano e injusto se dobra e atende, por razões pragmáticas, a demanda da viúva indefesa, Deus Pai poderia ser pior que ele? O Pai está sempre atento aos clamores e dores do seu povo, e pronto a atender as necessidades dos seus filhos e filhas. Ele toma a peito a causa dos pobres.

Para Jesus, a oração não tem um caráter piedoso e pragmático, mas engajado e programático. A oração cristã ajuda a discernir, acolher e realizar a vontade do Pai. Se faltar essa atitude de abertura e de busca confiante, se grassarem a dúvida na força e no socorro de Deus, não há mais fé, mas apenas uma ideologia religiosa.

 (Itacir Brassiani msf)

Mensagem do Papa Francisco

“É interessante notar que o Apóstolo não quer obrigar os cristãos, forçando-os a uma obra de caridade. O que ele pretende é pôr à prova a sinceridade do amor demonstrado pelos Coríntios na atenção e solicitude pelos pobres. Na base do pedido de Paulo, está certamente a necessidade de ajuda concreta, mas a sua intenção vai mais longe. Convida a realizar a coleta, para que seja sinal do amor testemunhado pelo próprio Jesus. Enfim, a generosidade para com os pobres encontra a sua motivação mais forte na opção do Filho de Deus que quis fazer-Se pobre (Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres, 2022)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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